O Flamengo tem jogo marcado em La Paz, capital da Bolívia, em 22 de agosto, pela volta das oitavas de final da Copa Libertadores, contra o Bolívar. Nesta quarta, 26 de junho, tropas do exército estão nas ruas de várias cidades do país em uma aparente tentativa de golpe de estado. As informações ainda não são confirmadas, mas a realização da partida do Rubro-negro passa a estar ameaçada.
O presidente da Bolívia, Luis Alberto Arce Catacora, usou as redes sociais para chamar os fatos que estão ocorrendo no país de “movimentações irregulares de algumas unidades do exército boliviano”. A mídia do país afirma que há concentrações de tropas em grandes avenidas de La Paz e ocupação de prédios públicos. Houve invasão do palácio presidencial, mas não se sabe se Catacora continua no local.
➕Bolívar contrata zagueiro derrotado pelo Flamengo em 2021
O ex-comandante do exército boliviano, general José Zuniga, é apontado como o responsável pela tentativa de golpe de estado. Ele foi fastado do cargo recentemente. O ex-presidente Evo Morales chamou o que está acontecendo na Bolívia de golpe e pediu ajuda de países vizinhos. A Organização dos Estados Americanos (OEA) disse que “a comunidade internacional não vai tolerar qualquer violação à ordem constitucional boliviana”.
Golpes de Estado são fatos comuns na história da Bolívia
Entre os países sul-americanos, a Bolívia é provavelmente aquele com a história mais pontuada por golpes de estado. Desde o século XX, o país andino, rico em minério, viveu diversas interrupções da ordem democrática. Em 1952, 1964, 1969, 1971, 1978 e 2002, presidentes foram derrubados ou assumiram através da força.
Ao Flamengo, resta esperar que a ordem seja reestabelecida para que o jogo com o Bolívar, em 22 de agosto, seja realizado sem nenhum problema. O Rubro-negro já sofreu com as instabilidades políticas da América do Sul. Em 2019, a final da Libertadores estava marcada para Santiago do Chile, mas revoltas populares levaram a partida para Lima, capital do Peru.
Fonte: Mundo Rubronegro
