A saída de Rodrigo Tostes da vice-presidência de finanças do Flamengo para apoiar Bap nas eleições veio acompanhada de uma mudança de postura no mercado. Há poucas semanas, o departamento de futebol afirmava que clube adotaria postura modesta no mercado em função dos investimentos no início do ano, mas as movimentações recentes indicam mudança de planos.
Tostes foi parte fundamental para reestruturação e crescimento exponencial das finanças do Flamengo. Ele comandou a pasta na gestão Bandeira de Mello entre 2013 e 2015, quando clube iniciou fase de recuperação. Contudo, optou por deixar o cargo para apoiar Wallim Vasconcellos nas eleições, movimente similar ao de hoje. Ele reassumiu a função na gestão em 2020, após justamente Wallim deixar o cargo.
O presidente Rodolfo Landim optou por acumular a função na reta final de seu segundo mandato. E, foi justamente após o mandatário assumir o cargo que surgiram notícias de procura do Flamengo por jogadores de peso, mesmo com as falas recentes de Marcos Braz sobre janela pontual.
“A gente fez a opção de adiantar a janela deste ano. A gente fez o mercado muito cedo. Trouxe De La Cruz, Léo Ortiz, Viña e Carlinhos. A janela de meio de ano não será tão pesada quanto a do meio de ano. Serão feitos apenas ajustes”, disse Braz à Cazé TV, no dia 16 de julho.
Há jornalistas que garantem que o Flamengo deseja contratar tanto Lucas Paquetá quanto Claudinho nesta janela de transferências. Dupla que dificilmente não faria o clube superar os R$ 158,1 milhões gastos no início do ano, que representam a segunda maior janela de transferências da gestão Landim.
É importante destacar que a chegada de Paquetá está distante, mas pela postura do West Ham. Com a previsão de demora para resolução de caso que é acusado de manipulação de apostas na Inglaterra, o Flamengo tentou o empréstimo. O modelo não aceito e informações apontam que o clube se mostrou disposto a fazer oferta de compra, mas clube inglês não deseja liberar seu camisa 10.
Ainda assim, o Garoto do Ninho deve conversar com a diretoria para tentar ao menos viabilizar que clubes abram negócio. Caso ele seja bem-sucedido e o West Ham aceite vendê-lo, o Flamengo muito provavelmente teria que gastar no mínimo acima dos 25 milhões de euros (R$ 146 milhões). Valor que é apenas especulação de um possível enorme “desconto” pela incerteza sobre o futuro do jogador.
O West Ham pagou 60 milhões de euros (R$ 300 milhões) para comprar o Garoto do Ninho em 2022. Antes da polêmica, aliás, falava-se na Inglaterra de ida ao Manchester City por cerca 100 milhões de euros.
Ou seja, o Fla precisa contar com grande redução de valores e ainda assim seria a maior contratação da história do clube com muita vantagem. O negócio que ocupa esse posto no momento é o de Gerson, comprado por R$ 92 milhões em 2023.
Flamengo faz proposta por Claudinho
Se a chegada de Paquetá é difícil, há expectativa que o Flamengo enfim conclua a contratação de Claudinho após três janelas. O Mengão já enviou proposta ao Zenit pelo meio-campista e aguarda resposta oficial. Negócio pode custar mais de R$ 99 milhões.
De acordo com o jornalista Venê Casagrande, a proposta é de 15 milhões de euros R$ 88 milhões) fixos + 2 milhões de euros (R$ 11,7 milhões) em bônus por metas, totalizando 17 milhões de euros (R$ 99,7 milhões).
Ainda que inferior a de Paquetá, é uma negociação com valores extremamente significativos. A contratação dos dois jogadores nesta janela, algo especulado como interesse do Fla, representaria um gasto superior a R$ 200 milhões em dois atletas.
Mais uma vez vale destacar que a chegada de Paquetá é improvável neste momento e depende uma mudança drástica de postura do West Ham. Mas somente o fato do Flamengo ir atrás dos dois atletas, ainda que só contrate um ou até mesmo não conclua os negócios, marca a transformação de discurso.
Fonte: Mundo Rubronegro
