O que é e como funciona o impedimento semiautomático pedido por Flamengo e Atlético-MG para final da Copa do Brasil

Flamengo e Atlético-MG manifestaram à CBF o desejo que sejam implementado o uso da tecnologia semiautomática de impedimento nas finais da Copa do Brasil. Sistema que se popularizou na Copa do Mundo de 2022, está sendo utilizado na Premier League e ainda não chegou ao futebol brasileiro. Entenda o que é e como funciona o impedimento “semiautomático”.

A ferramenta foi feita para auxiliar o árbitro de vídeo (VAR) a tomar decisões mais rápidas e mais precisas em lances de impedimento. Utilizando uma projeção 3D da posição dos atletas em campo, o que facilita para determinar a posição exata do jogador no momento do toque na bola.

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Vale destacar que a CBF vai avaliar os custos e tempo hábil para saber se atende ao pedido de Flamengo e Atlético-MG. As finais da Copa do Brasil estão marcadas para os dias 3 e 10 de novembro.

Como funciona o impedimento semiautomático

Atualmente, o VAR utiliza apenas câmeras da transmissão de TV para tomar uma decisão de impedimento. Para a tecnologia semiautomática, são instaladas câmeras no teto estádio e um sensor na bola. Essas câmeras fazem o rastreamento dos 22 jogadores em campo, enquanto o sensor envia dados que permitem maior precisão do momento do contato.

Nos jogadores, esses pontos de dados estão em todos os locais que podem ser relevantes para um impedimento (braço, pés, joelhos, cabeça, etc.). Todos os dados de atletas e da bola são processados em tempo real por uma inteligência artificial que emite um alerta quando um impedimento é detectado.

Cabe ao VAR validar se o ponto de contato com a bola e linha de impedimento estão corretos e avisar ao árbitro de campo a decisão.

Mudanças para o VAR

O atual modelo do árbitro de vídeo é marcado por muita demora, imprecisão e uma falta de confiança geral entre torcedores. Na semifinal da Copa do Brasil, por exemplo, o Flamengo teve gols anulados em lances que a posição da linha gerou questionamentos. Além disso, a péssima qualidade da imagem contribui para as dúvidas.

A “nova” ferramenta acaba com o problema da imagem, já que projeta a posição dos atletas em 3D e facilita a visualização. Mas também soluciona questão que hoje é quase impossível para o VAR: determinar o ponto de contato com a bola.

As câmeras de TV usadas nas principais ligas do mundo captam imagens a 50 quadros por segundo, o que dificulta consideravelmente o trabalho o árbitro de vídeo no momento de determinar o momento exato que o atleta fez o primeiro contato com a bola.

No lance do gol anulado de Gabigol contra o Corinthians, na ida da semifinal, ficou nítido esse problema. O VAR tinha uma imagem em que o pé de Alex Sandro estava muito perto da bola, mas ainda não tinha toca, e a segunda parece já ser a continuidade do movimento.

Precisão do impedimento semiautomático

Quando lançou a tecnologia e anunciou utilização na Copa do Mundo de 2022, a Fifa afirmou que seria um sistema tão preciso quanto a linha de gol. Mais uma ferramenta que não está no Brasil e funciona bem no futebol Europeu há anos.

A Fifa estipula um tempo médio de 70 segundos para uma decisão de impedimento no VAR, o que provavelmente é maior no futebol brasileiro. Com o impedimento semiautomático, o resultado de alguns lances sai em até 25 segundos.

Fonte: Mundo Rubronegro

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