O blogueiro Arthur Muhlenberg alertou, após a divulgação do trailer do documentário da Netflix sobre a tragédia do Ninho do Urubu, que a produção tem potencial de afetar a eleição presidencial no Flamengo, que acontece em dezembro.
“Só digo uma parada, o trabalho mais recente do meu cumpadre @PedroAsbeg vai sacudir a eleição no Flamengo”, escreveu Muhlenberg em sua conta no Twitter ao comentar o lançamento do trailer do documentário, que estreia no próximo dia 14.
➕ Manobra jurídica atrasa pagamento a família de garoto do Ninho
O próprio Asbeg respondeu ao comentário de Muhlenberg: “Valeu pela moral, meu irmão. O mais importante é homenagear os meninos mortos e dar visibilidade aos que ficaram e vão carregar a dor da perda pro resto da vida. Mas se a série ajudar a pressionar e acelerar o andamento do processo penal, vou ficar muito feliz também”.
Ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello é réu no processo por incêndio culposo. Atualmente, Bandeira, que é deputado federal, aparece como principal pré-candidato da oposição à situação de Landim.
Embora não responda a processo pela tragédia, o virtual candidato da situação, Rodrigo Dunshee de Abranches, também pode ter sua imagem afetada pelo documentário. Vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, foi ele o responsável por conduzir as polêmicas negociações de acordos com as famílias, além da disputa judicial com os pais de Christian Esmério, os únicos que não aceitaram a oferta do Flamengo.
Trailer traz depoimento de segurança, familiares e acena com revelações
O trailer divulgado pela Netflix dá uma ideia de como será o documentário. Ele traz declarações do segurança Benedito Ferreira e de pais das vítimas.
“Até então a gente não tinha a proporção do que tinha acontecido. Começamos a ter a proporção quando começou a contar”, diz Ferreira, que salvou três adolescentes no incêndio, sofreu trauma psiquiátrico, mas foi demitido pelo Flamengo em 2022.
No fim, a produção traz comentário de jornalistas do UOL, responsável pelo roteiro da produção. O Flamengo move processo contra a empresa e 11 jornalistas por uma reportagem sobre a tragédia do Ninho.
“Uma fonte me procurou e falou ‘Olha, tem umas coisas aí sobre o caso do Ninho. A gente tem uma bomba na mão”, diz o repórter Leo Burlá.
No ano passado, Burlá foi proibido de entrar no Ninho após publicar uma reportagem em que o engenheiro José Augusto Bezerra, contratado pelo clube para dar um parecer técnico do local do incêndio, afirma que o CEO do Flamengo, Reinaldo Belotti, teria mandado um funcionário arrancar partes de uma instalação elétrica problemática enquanto a perícia das causas da tragédia estava em andamento.
Os três episódios de “O Ninho – Futebol e Tragédia” estreiam no dia 14 de março na Netflix.
Fonte: Mundo Rubronegro