Gabigol tem contrato com o Flamengo até 31 de dezembro de 2024 e já deixou claro que não permanecerá no clube. Em reta final de vínculo com o Rubro-Negro, o nome do atacante está ligado a outros clubes, dentre eles o Palmeiras. Porém, Leila Pereira, presidente da equipe paulista, descartou a contratação e revelou em qual momento o interesse do clube alviverde no jogador chegou ao fim.
Foi um mês ou dois depois da data em si, não lembro. Mas houve uma negociação, eu queria assinar um pré-contrato, mas dentro dos termos viáveis para o Palmeiras. E aí o empresário dizia que não naquele momento, que teria que esperar mais um pouco, então tudo tem um limite”, disse, antes de continuar.
— E aí eu pedi pra encerrar, porque essas negociações sempre começam com o meu diretor de futebol e terminam comigo. E eu sou muito objetiva. Se vejo, sinto, por isso que digo que é feeling, porque feeling você usa nos seus negócios, você tem que saber a hora de parar -, afirmou.
— Eu senti que aquele era o momento, eu não esperaria mais, não cabe isso no Palmeiras. As pessoas para negociar com o Palmeiras, o atleta tem que querer vir. Não vai usar o Palmeiras de trampolim para conseguir negociações melhores. Nós temos um limite, eu chego até meu limite e se a pessoa não quer vir, não tem problema. Então, eu pedi pra encerrar -, finalizou, em entrevista ao GE.
Também de acordo com Leila Pereira, quem liderou as conversas com Gabigol foi o diretor de futebol do Palmeiras. Entretanto, a mandatária afirmou que, mesmo querendo contar com o atacante, a forma como a negociação se mostrou não a agradou.
— Não fomos atrás dele novamente. Nosso diretor de futebol conversou bastante com o empresário, fizemos propostas e a coisa não andou bem. Eram valores muito fora da realidade do Palmeiras. Nós seguimos sempre uma linha, temos atletas fantásticos lutando conosco há tanto tempo, costumo dizer que a grande estrela do Palmeiras é o elenco, e achei que ficou inviável a proposta do atleta. Não caberia pro Palmeiras -, disse.
— Se eu fosse comparar os compromissos que tenho com meus atletas e o que eu teria que fazer com o Gabriel, ficou uma coisa totalmente incompatível e outra coisa, as negociações demoraram muito. Eu tive a impressão que poderia ser, que já aconteceu outras vezes aqui, que essa negociação com o Palmeiras servisse de leilão para outros clubes e o Palmeiras não se presta a isso -, revelou.
— Se o atleta quer vir, a gente senta e resolve com rapidez. Eu não gosto de novela para contratar, então eu terminei o capítulo dessas novelas. Nós gostaríamos sim de ter tido a oportunidade de trabalhar com esse jogador, que é um grande jogador. Mas as condições financeiras, a forma que foi se encaminhando a negociação, eu não gostei e pedi pra encerrar -, finalizou Leila Pereira.
Gabigol tem contrato com o Flamengo até o fim deste ano. A diretoria do time rubro-negro ofereceu uma renovação por mais uma temporada, com aumento salarial. No entanto, o jogador recusou a oferta. Desse modo, a atual diretoria do clube carioca já deixou claro que não pretende aumentar os valores, e a negociação está travada.
Assim sendo, o nome de Gabigol tem sido disputado no mercado, já que estará livre a partir de janeiro. Como mencionado, o Palmeiras chegou a negociar com o atacante, mas Leila Pereira descartou a contratação. Vale mencionar que Cruzeiro, Bahia, Corinthians e Grêmio também demonstraram interesse. Além disso, o jogador está na mira do futebol do México e da Arábia Saudita.
Gabigol está afastado pela diretoria desde a final da Copa do Brasil, no dia 10 de novembro. Na ocasião, após conquista do título do torneio mata-mata, o atacante revelou que não continuará no Flamengo. Além de fazer a revelação, o jogador aproveitou para criticar toda a gestão atual do clube rubro-negro.
Desde então, o camisa 99 ficou de fora dos jogos contra Atlético-MG e Cuiabá, ambos pelo Brasileirão. Entretanto, de acordo com Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Flamengo, Gabigol retorna aos relacionados na terça-feira (26). Além disso, o dirigente fez questão de afirmar que a decisão de manter o jogador longe das partidas tem relação com atos de indisciplina.
O que o Flamengo fez nada tem a ver com o que ele falou. Agora, vou deixar claro, o que foi dentro do vestiário ficará no vestiário, mas um ou dois fatos eu presenciei. Entendemos que precisaria ter um ajuste, e isso foi feito com o Gabriel saindo dos jogos contra Atlético-MG e Cuiabá “, afirmou o dirigente.
Fonte: Coluna do Fla