O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, afirmou após arrematar em leilão nesta quarta-feira (31) o terreno para construção do estádio do clube, que o clube tentará acelerar o processo da obra para antecipar a data prevista de inauguração de 2029 para 2028.
“A princípio a data que nós colocamos como data de inauguração é o aniversário do Flamengo, dia 15 de novembro de 2029, daqui a cinco anos e alguns meses. Mas pelo empenho que a gente vai ter e a depender da velocidade com que a gente consiga obter as nossas licenças quem sabe a gente não inaugura em novembro de 2028”, afirmou, apesar de o clube ter distribuído aos dirigentes e aliados que participaram da reunião camisas com o número 29 e o nome “estádio”.
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Landim explicou porque o clube ainda não tem um projeto mais definitivo do estádio: isso deve custar cerca de metade do valor de R$ 138 milhões da aquisição do terreno.
“O projeto que nós temos, em fase muito preliminar, foi feito um estudo muito conceitual do que seria o estádio. Uma equipe de profissionais que estão acostumados a desenhar estádios já levando em consideração aspectos de legislação, em relação a área para atender exigências de órgãos como Corpos de Bombeiros, mas ainda é um projeto bastante preliminar. Isso tudo fez parte de um estudo de 286 páginas que pacientemente o prefeito nos ouviu durante duas horas e meia de apresentação. Mas nós não temos nem um projeto básico nem um projeto executivo. Tudo isso seria feito a partir do momento que nós tivermos acesso ao terreno. É um custo que deve ser aproximadamente 50% do valor que a gente arrematou esse terreno aqui”, afirmou.
O presidente disse que qualquer estimativa de custo neste momento tem grande margem de erro, mas estimou que o estádio custará algo entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões.
Isso vai depender ainda do projeto, de maior detalhamento, mas se a gente levar em consideração custos muito preliminares.. É claro que na fase em que nós estamos, em que você não tem nem projeto básico, a margem de erro em qualquer projeto que você faça, ela é maior. À medida que você vai entrando no projeto básico, no projeto executivo, essa margem cai muito. Mas a gente estima que seja algo entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões.
Landim citou como possíveis recursos o potencial construtivo e os naming rights, que segundo ele o clube já começou a negociar “desde ontem [terça]”.
“Desde ontem. Obviamente aqui ninguém fica parado em nada. No Flamengo a gente não dorme não, quando dorme, dorme pouco. Vamos buscar dentro do projeto de estruturação financeira o mais rápido possível. O grande salto era esse que a gente tá tendo hoje aqui, ter acesso ao terreno. No momento em que a gente tiver acesso ao terreno, tudo se torna mais viável, mais fácil a gente chegar no mercado e buscar os interessados. Se a gente não fosse nem dono do terreno, como a gente pode chegar aqui e fazer uma proposta sobre o estádio que eu vou construir enquanto a gente não é nem dono do terreno?”, indagou.
Landim reiterou o pedido para que a torcida não apelide o estádio para não prejudicar a negociação dos naming rights.
“Eu espero que ninguém nem apelide esse estádio, porque isso vale muito dinheiro para o Flamengo. O nome do estádio vai depender das negociações que a gente vai fazer a partir de agora para buscar interessados que queiram associar o seu nome ao nosso estádio. O nome oficial do estádio vai ser o nome que a gente vai negociar com uma grande empresa, um grande fundo, um grande interessado que possa aportar recursos para a gente construir o estádio”, disse Landim, descartando homenagear algum ídolo com o nome oficial do estádio.
Fonte: Mundo Rubronegro