O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, decidiu demitir o vice de Esportes Olímpicos, Guilherme Kroll, para abrir espaço para a volta do grupo ligado à ex-presidente Patricia Amorim à pasta. Não está descartado que a própria Patricia possa ocupar a vaga, embora essa não seja a possibilidade mais provável.
Patricia e seu marido, Fernando Sihman, tem participado de eventos de apoio ao grupo político de Landim desde o início do ano. A ex-presidente, de maneira indireta, já trabalha atualmente com os Esportes Olímpicos do Flamengo, já que ela é dirigente do projeto esportivo do Sesc, responsável pelo time de vôlei feminino do Flamengo.
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Apesar de ter imagem negativa com a torcida e muitos sócios do Flamengo por conta do descalabro financeiro da sua gestão como presidente, entre 2010 e 2012 – deixou o Flamengo com uma dívida de mais de R$ 750 milhões -, Patricia, ex-nadadora, tem força entre os sócios-atletas do Flamengo. Em 2012, apesar de ter perdido a eleição para Eduardo Bandeira de Mello, Patricia contou com os sócios-atletas para ter mais votos do que em 2009, quando foi eleita.
Landim já cogitou dar cargo a Patricia Amorim no passado
Landim chegou a cogitar nomear Patricia Amorim vice-presidente ainda no início do seu primeiro mandato, mas na ocasião recuou diante da reação pública negativa. A situação atual é outra, já que o presidente tem consolidado o apoio da maioria dos grupos políticos do clube e já se acostumou a ignorar a reação pública negativa a muitas de suas decisões priorizando o cálculo político interno.
O MRN apurou que a intenção do vice e provável candidato à sucessão de Landim, Rodrigo Dunshee de Abranches, era nomear a própria Patricia, para garantir o apoio do grupo da ex-presidente. Mas a situação ainda faz o cálculo político entre o desgaste público e a consolidação interna antes de fazer o anúncio do novo nome na segunda-feira.
Na semana passada, Rodrigo Dunshee esteve reunido com o Fla Raiz, grupo de Guilherme Kroll, para garantir que não perderia o apoio do grupo com a saída de Kroll. É possivel que haja outras movimentações nas vice-presidências para atender os diferentes grupos antes da eleição, que acontece no início de dezembro.
Fonte: Mundo Rubronegro