Nesta sexta-feira (2), o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, participou de um encontro com o grupo “Advocacia Rubro-Negra”. A reunião aconteceu em uma churrascaria da Zona Sul do Rio de Janeiro, como foi noticiado pelo GE. Perguntado sobre a situação contratual de Gabigol, o cartola salientou a importância e o lugar do Camisa 99 na história do clube, mas destacou alguns aspectos que impediram uma renovação nos moldes requeridos pelo atleta.
Landim citou uma pesquisa sobre o qual seria o maior ídolo da história do Flamengo, na qual Gabigol ficou entre os primeiros, mas ressaltou que é preciso encarar o cenário como um gestor:
“A gente fez uma pesquisa para verificar quem era o maior ídolo da história do Flamengo. O Zico ganhou, e o Gabigol ficou em segundo lugar. Para essa nova geração e talvez para pessoas que não viram o Zico jogar, ele é o maior ídolo. Dizer para mim que ele foi importante para a história do Flamengo, vocês estão pregando para convertido (risos). Não adianta, estou convicto disso. Qual é o problema? Cara, como gestor, sua tomada de decisão é em cima da perspectiva que você vai ter”, disse Landim.
O presidente ainda recapitulou a chegada de Gabi ao Flamengo, primeiramente com um contrato de empréstimo e depois contratado em definitivo, com vínculo de cinco anos. Landim revelou que a fase do atacante foi ponto-chave para a recusa do que estava sendo proposto por parte do jogador.
“A gente estava negociando com ele, e o grande problema no qual a gente esbarrou é que no ano de 2023 o desempenho técnico dele foi muito inferior ao dos anos anteriores. E ele queria um contrato de cinco anos com o Flamengo”, destacou o mandatário.
‘Eu não estou sentado naquela cadeira para tomar decisão em cima de gratidão’, disparou Landim
O presidente do Flamengo enfatizou o desempenho ruim do atacante em 2023, admitiu que compreende a reclamação da torcida com a não renovação com um dos maiores nomes da história do clube. Contudo, Landim falou sobre sua capacidade em enfrentar o desgaste e saber distinguir a razão do lado administrativo da emoção do lado torcedor.
“O problema é que a responsabilidade é minha, e eu vou lá assinar um contrato com o Gabigol de cinco anos com ele tendo um desempenho muito inferior ao que ele teve nos primeiros anos de Flamengo? Nessa hora, eu sei que a gente mexe com o lado da idolatria do jogador, o torcedor às vezes fica irado, mas não é ele que faz as contas do clube, não é ele que tem que pagar o salário no fim do ano. Sei que isso gera um desgaste muito grande para o administrador, mas, cara, sinto muito. Eu não estou sentado naquela cadeira para tomar decisão em cima de gratidão que tenho por ninguém – disse Landim, que foi aplaudido pelos presentes”, discursou Landim, recebendo aplausos dos ali presentes.
Desejo do mandatário é a permanência do atleta
Rodolfo Landim continuou expondo sua função de gestor ao dizer que precisaria observar o elenco do Mais Querido e fazer uma avaliação sobre outros jogadores que, possivelmente, mereçam a mesma valorização.
“Meu papel, na verdade, é o seguinte: Gabigol está pedindo isso. Se eu tiver que pagar isso para ele, será que tem outro jogador que, por tudo que está demonstrando, que pode desempenhar melhor? Não tenho problema nenhum de tomar essa decisão.”
Embora tenha posto à tona todas as complicações que vêm impedindo um acerto entre as partes, Landim afirmou, em entrevista ao Charla Podcast, que quer a permanência de Gabigol no Rubro- Negro.
“A gente quer que ele continue no Flamengo, a gente fez uma proposta para ele. A gente, depois de tanto tempo conversando, chegou numa proposta que é o nosso teto. E de tempo também. Entendo o lado dele, mas ele tem que entender o lado do Flamengo também. Acho que, pela comunhão dele com a torcida, faça com que ele queira cair para o lado de querer ficar no Flamengo.”
Fonte: Mundo Rubronegro