O presidente Rodolfo Landim admitiu em entrevista à CBN no domingo que o Flamengo “está juntando uma condição econômica para um estádio” e que a discussão sobre o modelo de financiamento para a construção só deve acontecer após a aquisição do terreno. Ou seja, abriu a possibilidade de que o Flamengo pague o terreno à vista com o dinheiro que tem em caixa.
De acordo com o balanço publicado na semana passada, o Flamengo terminou 2023 com R$ 234,487 milhões em caixa. Além disso, o clube ainda registra ter R$ 38,686 milhões em contas a receber e R$ 123,423 milhões para receber em transferência de jogadores em 2024, totalizando quase R$ 400 milhões.
O valor do terreno que o Flamengo negocia com a Caixa Econômica Federal circula em torno de R$ 250 milhões – o clube negocia para abaixar o preço.
O Flamengo terminou 2023 com um superávit de R$ 320 milhões, ou seja, gastou R$ 320 milhões a menos do que arrecadou. Se mantiver o nível de arrecadação e gastos em outras cifras em 2024, tem, portanto, condições de pagar o valor pedido pela Caixa Econômica Federal para comprar o terreno no Gasômetro.
Na entrevista à CBN, Landim disse considerar o terreno “perfeito” em termos de localização e admitiu que não há um outro disponível nas mesmas condições. No início da semana passada, durante o sorteio da Libertadores, Landim disse que o Flamengo trabalha com dois terrenos alternativos ao do Gasômetro.
A intenção do presidente é concluir a compra do terreno antes do fim do seu mandato, em dezembro. Mas qualquer investimento desta magnitude dependerá de aprovação do Conselho Deliberativo, onde os temores sobre a criação de uma SAF (Sociedade Anônima de Futebol) para o financiamento da construção do estádio podem afetar a votação.
Fonte: Mundo Rubronegro