Flamengo estima custo máximo de R$ 20 Mi para despoluir terreno do Gasômetro

O MRN apurou que o Flamengo não vê a contaminação do terreno do Gasômetro como obstáculo significativo para a construção do seu estádio no local, seja em termos de custos seja como possível entrave para a obtenção de licença ambiental na obra.

A diretoria do clube se espelha no que aconteceu no Terminal Gentileza, que foi construído em um pedaço do mesmo terreno que já foi desapropriado anteriormente pela prefeitura, como aconteceu agora com a parcela do terreno que irá a leilão na próxima quarta-feira (31).

EXCLUSIVO: conheça o estudo de viabilidade técnica do estádio do Flamengo no Gasômetro

O custo de limpeza do terreno para a construção do Terminal Gentileza, segundo documentação obtida pelo Flamengo a qual o MRN teve acesso, foi de R$ 6.935.407,22, em uma área de 27 mil metros quadrados. A área onde será construída o estádio do Flamengo é de cerca de três vezes maior, o que daria um custo aproximado de R$ 21 milhões se o gasto fosse linear. O Flamengo estima, porém, um custo de entre cerca de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões.

Essa planilha deve ser apresentada aos conselheiros do clube na reunião do Conselho Deliberativo na próxima segunda (29) como parte dos esforços para acalmar os temores de que a construção do estádio pode ser economicamente inviável para o Flamengo.

Em uma obra com valor estimado em até R$ 2 bilhões, isso representaria um acréscimo da ordem de 1% do valor total da obra, o que não impacta os cálculos de viabilidade econômica do Flamengo para construir o estádio no terreno do Gasômetro.

Flamengo não se preocupa com licenciamento ambiental

Com base no que aconteceu com o Terminal Gentileza, o clube também não acredita que terá dificuldades com o licenciamento ambiental. No processo de construção do Gasômetro, o licenciamento saiu da esfera do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), e passou a ser atribuição da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura, que concederá uma Licença Municipal de Remediação e Instalação.

Como aconteceu no Terminal Gentileza, o Flamengo não deve ser obrigado a fazer uma descontaminação total do terreno, e sim apenas remover a camada superior do solo, de cerca de um metro, e cimentar o terreno isolando o assim da parcela contaminada. A única dificuldade é que esse estado do terreno impedirá a realização de qualquer obra subterrânea, como para garagens, e todas as construções terão que ser acima do nível do solo.

O estudo de viabilidade técnica prevê que o estádio do Flamengo terá 1.500 vagas acopladas. Mas no projeto final, esse número deve dobrar, já que o Flamengo não pode depender, em seu plano de mobilidade, da construção de um edifício-garagem ou outras vagas em terrenos adjacentes.

O terreno é contaminado porque durante quase cem anos ele serviu para armazenagem e distribuição de gás natural, chegando a operar 118 mil metros cúbicos por dia e sendo o maior do mundo. O gasômetro foi desativado em 2005.

Fonte: Mundo Rubronegro

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