Flamengo errou? E como fica Pedro? Craques do Resenha analisam situação do atacante após agressão e falta a treino

O fim de semana foi quente no Flamengo. No último sábado (29), após a vitória de virada por 2 a 1 sobre o Atlético-MG, na Arena Independência, pelo Campeonato Brasileiro, o atacante Pedro, que sequer entrou em campo na partida, foi agredido com um soco no rosto pelo preparador físico Pablo Fernández, que será desligado da comissão técnica de Jorge Sampaoli.

Diante de todo o ocorrido no vestiário do estádio mineiro, Pedro registrou Boletim de Ocorrência contra o preparador físico e, nesta segunda-feira (31), data em que estava marcada a reapresentação do elenco, uma vez que o domingo (30) foi de folga, o atacante não compareceu, alegando “dores no rosto”, justamente no local machucado pelo soco. A situação, porém, foi resolvida em seguida, através do vice-presidente de futebol do clube, Marcos Braz.

Durante o Resenha da Rodada da ESPN, nesta segunda, os comentaristas dos canais Disney Amoroso, Fábio Luciano, Fernando Prass e Luis Fabiano comentaram sobre a situação envolvendo clube e atacante e relembraram, inclusive, de situações parecidas que vivenciaram dentro dos gramados.

“Já aconteceu comigo como testemunha, com ‘Baixinho’ Romário e o Jorge Luiz zagueiro. No intervalo do jogo, Jorge Luiz falou: ‘e aqueles dois gols que você perdeu?’. Romário só tacou o café. Pau comeu no vestiário. Fomos lá e ganhamos o jogo, jogamos melhor ainda e fomos campeão carioca invicto”, lembrou Amoroso.

“A gente não entende muito, porque não está no dia a dia. Mas tem um sinal ali. O pós acontecimento, a diretoria está de parabéns, mas o antes deixaram faltar um cuidado, uma atenção, porque o jogador dá sinal, tem que ter uma conversa. Pode ser que antes tenha tido um bate-boca e faltou alguém colocar ambos em seus lugares”, disse Fábio Luciano, que ainda comentou sobre a postura do técnico Jorge Sampaoli em meio à situação.

“O Sampaoli, nem vou falar que vai ter uma reconstrução, as pessoas já sabem o que ele pensa, acho que essa questão não vai atingir ele com o grupo. Nem estou falando que é ótimo ou ruim, a gente não consegue decifrar muito esse ambiente no dia a dia”, disse.

“Acho que o Braz, a diretoria, qualquer coisa entre treinador e jogadores vão olhar diferente. O resultado apaga as percepções externas. Eu tive um problema em um clube em que no final do jogo um treinador e um jogador quase brigaram, no final do jogo, o jogador levantou e o treinador achou que ia para cima e tiveram que separar. No jogo seguinte, mandaram uma pessoa no avião para ver como o clima estava, porque ficaram com medo de que houvesse resquícios. Quando ganha, apaga tudo para fora, mas internamente abala”, disse Fernando Prass.

“Nunca aconteceu comigo no vestiário esse tipo de coisa. Já vi dentro do campo, estava do outro lado. Nunca presenciei briga, só empurrões, mas socão nunca. Mas acredito que se fosse com qualquer um de nós, ele ia ter um revide. Eu admiro o Pedro por isso. Apesar de ter sido um cara esquentado, violência não leva a nada. O ambiente, para recuperar dessa situação, vai demorar, porque o treinador ficou, o filho faz parte da comissão, vai ter sequelas. Graças a Deus nunca presenciei algo assim, luta só dentro do campo”, disse Luis Fabiano.

“Não repreendo, fiz duas vezes isso no Sevilla. Nitidamente irritado, me prometeram uma coisa, disseram que iam me colocar no jogo faltando 25 minutos e não cumpriram, porque o jogo teve um andamento diferente do imaginado, faltando cinco minutos o treinador falou para mim para aquecer, eu falei que não. Certo não é, não vou repreender porque eu fiz, mas não é um exemplo aos demais”, finalizou.

Cuiabá (F) – domingo (06/08), 20h – Brasileirão

Fonte: ESPN

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