Terminada a Taça Guanabara, é hora de analisar as receitas de bilheteria envolvendo os quatro maiores times do estado e as taxas que a Federação recebeu pelos jogos da competição.
Primeiramente, vale ressaltar que o borderô está longe de ser um documento perfeito, mas dá uma visão muito boa do quadro. Receitas de bares e estacionamento, por exemplo, não aparecem ali.
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Temos também o caso do aluguel do Maracanã. Flamengo e Fluminense pagam R$ 300 mil por jogo, mas esse valor vai para o consórcio formado pelos próprios clubes.
Enfim, há um ponto ou outro que gera discussão, mas acho irrelevante para o que vamos fazer aqui, que é comparar as receitas de bilheteria e as taxas da FERJ.
Primeiramente, vamos observar o quadro abaixo.
A feredação nunca perde. Como recebe pela renda bruta dos jogos, ela lucra em todos os eles (salvo em partidas entre pequenos, onde não é cobrada taxa), mesmo naqueles em que o resultado financeiro é negativo.
Por falar nisso, Fluminense e Botafogo sofreram bastante com jogos deficitários. O tricolor só ficou no azul em dois jogos, contra Flamengo e Vasco. Com o Botafogo foi quase a mesma coisa. A diferença é que fez um jogo fora do estado, onde recebeu uma cota fixa acordada antes da partida.
Os jogos fora do Rio, inclusive, foram fundamentais para Flamengo e Vasco. 77% do valor arrecadado pelo rubro-negro veio desses jogos. Para o cruz-maltino, os jogos fora do estado com cota fixa representaram 75,5% das receitas.
O campeonato é claramente desinteressante para os torcedores. Para conseguir atrair o público, o valor dos ingressos despenca e a receita é incondizente com o orçamento de clubes da Série A.
Se não fosse a demanda reprimida por Flamengo e (em menor escala) Vasco em outros estados, talvez os quatro times estariam no vermelho.
Como se observa no gráfico abaixo, esse campeonato insignificante, inconveniente, enfastioso e putrefato só interessa à federação e seus cabos eleitorais.
Para fechar, fiz um cálculo para saber qual clube gera mais dinheiro para a FERJ. Para facilitar a conta, dividi por 2 a taxa cobrada em clássicos. Ou seja, se a federação recebeu R$ 200, coloquei R$ 100 na conta do time A e R$ 100 na conta do time B.
Ficamos assim: dos R$ 4.639.028,98 auferidos pela FERJ, cada clube contribuiu da seguinte forma:
E é isso. Por hoje é só. SRN.
Fonte: Mundo Rubronegro