O atacante Paolo Guerrero foi anunciado, na última sexta-feira (16), como o novo reforço do Alianza Lima, do Peru. O jogador de 40 anos, que teve passagem conturbada pelo Flamengo entre 2015 e 2018, volta para o clube que o projetou para o futebol, após 22 anos de carreira, passando por nove times até retornar.
A trajetória de Guerrero como profissional se inicia no Bayern de Munique, em 2002, saindo do Alianza ainda na base do clube peruano. Em seu perfil no X, o ex- centroavante do Flamengo publicou sobre a chegada: “De volta para casa.”
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Após passagem pelo Bayern, Guerrero se transferiu para o Hamburgo, em 2006, onde ficou por seis anos até ser comprado pelo Corinthians. Por lá, o peruano foi comandado pelo atual treinador do Flamengo, Tite. O atacante foi o autor do gol que deu o título mundial de 2012 para o clube paulista.
Relembre a passagem de Guerrero pelo Flamengo
Após se tornar nome importante na história do Corinthians, Guerrero não acertou renovação de contrato, pedindo para ser liberado da equipe. Então, em maio de 2015, o Mais Querido anunciou a contratação do atacante. O vínculo afirmado tinha a duração de três anos, com salário de R$ 650 mil por mês, além de luvas na casa dos R$ 16 milhões de reais. O total da operação ultrapassou 40 milhões de reais.
Guerrero talvez tenha sido o primeiro nome que simbolizou a capacidade do Flamengo em fazer contratações impactantes. Após conseguir arrancar um ídolo de um clube com certa relevância no país, o Mais Querido começou a ser visto de maneira diferente. No entanto, a passagem do peruano pelo Rubro-Negro não deixou saudades para a Nação. Em agosto de 2018, o clube e o atacante encerram o vínculo, que durou três anos.
A euforia da torcida com a chegada do atleta, em 2015, com direito a música que virou hit (“Acabou o caô, o Guerrero chegou!”), deu lugar à insatisfação, principalmente pela conduta do atacante ao longo do contrato, principalmente nos últimos meses.
Baixo rendimento, principalmente contra rival e suspensão por doping
O rendimento de Guerrero em campo causava incômodo na torcida e nos bastidores do clube, com dirigentes dizendo que o atacante “entrega pouco para o que recebe”. Os números constatam que o jogador não entregou o que se esperava. Pelo Flamengo, o centroavante marcou 43 gols em 112 jogos, com média 0,38.
Além disso, o fato de não ter balançado as redes contra o maior rival, juntamente com a sequência de eliminações nas principais competições, como a Libertadores, influenciaram na decepcionante passagem do peruano, que saiu do clube conquistando apenas o Campeonato Carioca de 2017.
Contudo, o que gerou maior impacto negativo na trajetória de Guerrero pelo Flamengo foi a suspensão por doping, em 2017. O jogador testou positivo para a substância benzoilecgonina, após enfrentar a Argentina pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, ficando suspenso por seis meses.
Sem acordo para uma renovação, Guerrero até voltou a atuar pelo Mengão, mas se queixou de dores e não atuou mais após o sexto do jogo da equipe no Brasileirão de 2018, podendo se transferir para outro clube brasileiro, como foi o caso, indo para o Internacional. O atacante ficou três anos no clube gaúcho e depois colecionou passagense por Avaí, Racing (Argentina), LDU (Equador) e César Vallejo (Peru).
Fonte: Mundo Rubronegro