O Flamengo terá que desembolsar mais de R$ 2 bilhões para construir um estádio com capacidade para 80 mil pessoas, é essa a estimativa do VP geral e candidato à presidência, Rodrigo Dunshee. Em entrevista nesta segunda-feira (2), o dirigente revelou o custo por cadeira para levantar um estádio e também que a capacidade ainda não foi definida.
“O desejo é 80 (mil), mas a gente tem que olhar a segunda fase do projeto. O que vai ter, o que não vai ter, tudo vai ser definido agora e o tamanho também. Cada assento custa em média 5 mil dólares. A gente ainda não sabe se vai poder fazer 80 ou vai ter que fazer 70 mil”, comentou Dunshee no podcast Jannuzzi & Abuzze.
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De acordo com os números apresentados pelo VP, um estádio para 80 mil pessoas custaria U$ 400 milhões. Valor que corresponde a R$ 2.260 bilhões na cotação atual. Esse montante está dentro do projetado pelo clube de gastar entre 1,5 e 2,5 bilhões de reais.
Mas vale destacar que o custo de cadeira refere-se somente ao valor para levantar o equipamento esportivo. Não entram nessa conta, por exemplo, os montantes para compra do terreno, realização do projeto definitivo, limpeza do local para possibilitar a construção e outros gastos. Ou seja, esse valor pode ser ainda maior que os R$ 2,2 bi.
O candidato à presidência também falou mais uma vez sobre o desejo de fazer setores populares no estádio: “Chamamos de lugares populares, vai ser um espaço elevado, melhor que a geral. Vamos conseguir cobrar um preço mais popular.”
Como o Flamengo vai pagar o estádio?
Um dos maiores questionamentos internos e externos sobre o estádio do Flamengo é justamente como financiar a construção sem afetar as finanças ou o desempenho esportivo do clube. Rodrigo Dunshee afirma que o projeto atual conta com duas fontes principais que irão cobrir grande parte desse valor.
“Conversamos com a prefeitura sobre um incentivo que eles teriam que dar ao Flamengo. Existe uma coisa chamada de potencial construtivo (CEPACs). O potencial construtivo da Gávea é o direito que temos que construir ali, mas não vamos construir.”
“Isso vira um crédito, que a Prefeitura do Rio vai carimbar para o Flamengo usar na construção do estádio. Assim como fez para o Vasco usar na reforma de São Januário. Isso é um incentivo grande, calculamos em torno de R$ 700 milhões de reais. “
Mas, além dos CEPACs da Gávea, o Rubro-Negro mira arrecadar muito com a venda de naming e sector rights para o estádio. Na projeção de Rodrigo Dunshee, aliás, o acordo pode representar 50% do valor do estádio. O que nos números do próprio dirigentes seria algo em torno de R$ 1 bilhão.
“Outra receita é o naming rigths. Estimamos que metade da obra consegue ser custeada com naming rights. E tem o sector rights, que pode fazer setores do estádio com publicidade de empresas e arrecadar mais recursos com isso. É um modelo de financiamento do estádio. É um projeto muito bom para a cidade do Rio de Janeiro. Flamengo vai fazer uma praça de alimentação, fan fest todo jogo, lojas. A ideia original é que, além disso, tenha um hotel, estacionamento, mini shopping. Mas isso fica com a iniciativa privada.”
Fonte: Mundo Rubronegro