Estádio do Flamengo terá setores populares, custo de até R$ 2 bilhões e inspiração no Dortmund, diz Landim

O desejo do torcedor do Flamengo em ter um estádio próprio está mais perto de acontecer do que nunca. Depois da decisão anunciada pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, de desapropriar o terreno do Gasômetro, local em que será construída a arena, nesta quinta-feira (27), o presidente do clube, Rodolfo Landim, conceceu uma entrevista ao canal do narrador João Guilherme no YouTube e citou vários detalhes em relação à pomposa obra na região central do Rio.

“É um sonho antigo de toda a torcida rubro-negra. A gente vem trabalhando bastante em cima disso há algum tempo. Tentamos isso há uns 2 anos e meio. Temos uma série de movimentos, a gente tinha escolhido o terreno do Gasômetro por uma questão logística. É um local muito especial para se colocar um estádio. Coisa mais difícil que tem é encontrar um ponto onde haja um fluxo de transporte público para que as pessoas possam ir aos jogos. Maracanã é especial e a gente não gostaria de perder isso com o novo estádio. Se for ver, tem a rodoviária na frente, o terminal, está próximo do metrô e do trem, cerca de 1,4 km de distância. A gente tem previsão de fazer interligação com o metrô também até o Terminal Gentileza, onde vai ser, espero, a frente do nosso futuro estádio”, iniciou ele, fazendo uma estimativa de quando o clube pretende gastar para a compra do terreno, que será vendido através de um leilão.

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“Tem que aguardar para ver o que vai ser definido. A lógica é a seguinte. Não faz muito tempo, o Terminal Gentileza foi desapropriado pela prefeitura. Uma área de 16 ou 17 mil metros quadrados, na esquina onde a gente vai colocar o estádio. Seria uma área mais nobre e valorizada esse terreno que a gente tem lá. Se a gente ajustar o valor que foi usado como referência pela prefeitura, mesmo aplicando inflação, chegaria a esse valor mínimo (R$ 146 milhões). A gente tomou conhecimento de que o próprio fundo que é dono desse terreno, que é administrado pela Caixa Econômica Federal, ingressou na Justiça considerando que esse valor é pequeno e pedindo um valor mais alto (R$ 176 milhões).

Apesar de ser um vlaor elevado, ele não chega a ser um problema para o Flamengo, que atualmente vive uma situação financeira bastante tranquila: “Temos esse dinheiro em caixa. A gente paga em cash. Flamengo está se preparando para isso, a gente fez toda a nossa previsão orçamentária. A gente não terá problema nenhum de desembolsar esse valor por esse terreno. A gente sabe a dificuldade que a maioria dos clubes vive, mas o Flamengo não tem esse problema. Nossa administração financeira é sólida e tem condição de fazer isso.”

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Com essa questão “resolvida”, Landim já começa a fazer projeções do que o torcedor pode esperar do projeto do estádio, que pode custar, nas palavras dele, “em torno de R$ 1,5 bilhão a R$ 2 bilhões, dependendo do nível de acabamento.”

“Acho que daria um estádio para 80 mil pessoas, pelos estudos que fizemos até agora. Temos que levar em conta aspectos arquitetônicos, de legislação. Fizemos estudos de viabilidade econômica, levando em consideração algumas premissas. Uma promessa que a gente tem para a torcida é ter uma área para ver o jogo em pé atrás do gol, dos dois lados. É uma promessa que a gente vai manter. Serão dois setores populares atrás dos gols”, contou, citando algumas inspirações do Rubro-Negro em famosos estádios europeus: “O Santiago Bernabéu é um estádio bem vertical. Mas ele é um estádio com assentos. Alguém já viu o do Borussia Dortmund, onde tem a Muralha Amarela? A gente vai ter algo por aí. Jogar lá vai ser um caldeirão. A Muralha Rubro-Negra, vai ser um pouco mais difícil que no Maracanã. Sei que a torcida no Maracanã transforma aquilo num inferno, mas a gente vai ter um estádio mais propício para mostrar a força da nossa torcida. É uma inspiração nesse aspecto, de proximidade e na forma que a gente quer colocar a torcida trabalhando no estádio.”

Embora a preocupação de muitos torcedores seja de que a construção seja algo custoso o suficiente para que o Flamengo entre em crise financeira, o presidente esbanja otimismo: “Não há a menor chance (de quebrar). Pelo menos se a gente continuar deixando gente responsável na cadeira (de presidente). As pessoas comentam que o Flamengo jamais vai passar por dificuldades financeiras de novo, mas a realidade é que a gente sabe que não é bem assim. A história mostra que não é bem assim.”

PRÓXIMOS JOGOS DO FLAMENGO

Cruzeiro (C): 30/6, 18h30 (de Brasília) – Brasileirão

Atlético-MG (F): 3/7, 21h30 (de Brasília) – Brasileirão

Cuiabá (C): 6/7, 21h (de Brasília) – Brasileirão

Fonte: ESPN

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