Estádio do Flamengo não vai custar menos de R$ 2,5 bi, diz plano de Bap

O plano de gestão da chapa Raça, Amor e Gestão, de Luiz Eduardo Baptista (Bap) e Flávio Willeman, prevê que o Flamengo terá que gastar ao menos R$ 2,5 bilhões para construir seu estádio, ou pelo menos R$ 500 milhões a mais do que as maiores estimativas da gestão Rodolfo Landim.

A estimativa foi apresentada no plano de gestão “Vencer, Vencer. Vencer”, apresentado na noite desta segunda-feira (9) no lançamento da chapa de Bap e Willeman. O documento de 18 páginas dedica pouco mais de duas ao estádio próprio.

Estádio do Flamengo: dirigente atualiza e revela novidades do projeto

O documento prevê que o clube pode contrair novas dívidas de até R$ 700 milhões para construir o estádio caso não consiga cumprir os objetivos de aumento das receitas e do superávit no mandato de Bap.

“Endividamento potencial limitado a 30% do faturamento do clube. dependendo da não consecução dos objetivos financeiros acima citados, não superiores a R$ 700 mi (2027 a 2030)”, diz o documento.

O edital do leilão que o Flamengo venceu para construir o estádio prevê a conclusão das obras em quatro anos e meio, e a gestão Landim prometeu a inauguração para dezembro de 2029.

Os R$ 2,5 bilhões de gastos são calculados da seguinte forma:

▪ Custo mínimo de aquisição do terreno: R$ 138 mi.
▪ Investimentos mínimos em infraestrutura do entorno: R$ 62 mi.
▪ Investimento na capacidade: 70 mil lugares, R$ 30 mil cada = R$ 2,1 bi.
▪ Contingência mínima em outras despesas diversas (ex.: projetos e licenças): R$ 200 mi.

Já o plano para pagamento desses R$ 2,5 bilhões prevê o aumento gradual em 6 anos de 50% das receitas totais do clube de R$ 1,4 bi para R$ 2,1 bi. com o EBITDA (superávit) subindo de 22% para 31%, e atingindo R$ 2,9 bilhões (de 2025 a 2030), gerando recursos incrementais da ordem de R$ 1,1 bilhão.

O documento cita ainda “outros recursos aventados”, como R$ 700 milhões e fala em “avaliação real dessas possibilidades”. Isso pode ser uma referência aos naming rights, transferência de potencial construtivo e venda de cadeiras cativas, as três fontes de recursos citadas pela gestão Landim, que prevê cobrir a íntegra dos custos entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões com esses recursos.

Plano de Bap define premissas para construção do estádio e inclui estratégia antiterrorismo

O plano de gestão de Bap e Willeman também define as seguintes premissas para a construção do estádio:

  • Setores populares
  • Estilo Caldeirão
  • Acústica intimidadora
  • Acessibilidade
  • Capacidade: 70 mil pessoas
  • O documento diz que será necessária a elaboração de um “plano de gestão de fluxos e multidões”, no qual chama atenção a defesa da necessidade de uma “estratégia de segurança antiterror desde sua concepção estrutural, pontos centrais de colapso estrutural (single points of structural failure) por ataques de bomba e demais ameaças”.

    O plano também prevê que o Flamengo seja bastante criterioso na descontaminação do terreno do estádio por conta do uso do local como gasômetro por décadas.

    “É crucial que o Flamengo e as autoridades competentes adotem todas as medidas necessárias para garantir a descontaminação do terreno e a proteção do meio ambiente e da saúde da população.

    Declarações de Bap sobre estádio causaram polêmica antes de compra de terreno

    Declarações dadas por Bap questionando os planos para a compra do terreno para a construção do estádio causaram polêmica antes da votação no Conselho Deliberativo que aprovou a participação do Flamengo no leilão.

    O MRN revelou que ele fez questionamentos sobre a estratégia da diretoria Landim para a construção do estádio, o que levou partidários de Landim a apontarem Bap como opositor da obra e torcidas organizadas a protestarem contra o dirigente no dia da votação. Entretanto, ele votou a favor da aquisição do terreno.

    Fonte: Mundo Rubronegro

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