O elenco do Flamengo não teve dúvidas sobre a posição a tomar após a agressão sofrida por Pedro no último sábado (29). O grupo de jogadores rubro-negro prontamente demonstrou total apoio ao atacante e avisou já no vestiário que não aceitaria a presença do preparador físico Pablo Fernández no avião da volta para o Rio e, principalmente, na sequência do trabalho no CT Ninho do Urubu. Na sequência dos fatos, no entanto, a “maré” virou, especialmente na retomada dos treinamentos na manhã desta segunda-feira (31).
Segundo apurou a ESPN, lideranças do grupo não aprovaram a decisão do centroavante de se ausentar da reapresentação e comentaram internamente o incômodo com tal postura.
Ainda que Pedro argumentasse com os mais próximos um entendimento de “falta de segurança e conforto”, o discurso não teve aderência entre os companheiros de time.
A falta à reapresentação e a ausência de contato com colegas de elenco e diretoria geraram certo desconforto no ambiente do Ninho do Urubu.
De acordo com diveras fontes ouvidas pela reportagem, o discurso de Pedro não encontrou eco no centro de treinamento.
Para muitos dos envolvidos no dia a dia do CT, o atacante acabou “perdendo pontos” com parte do grupo, especialmente após o abraço coletivo desde sábado.
Ainda segundo apurou a ESPN, a alta cúpula flamenguista também ficou incomodada com a falta de Pedro ao treinamento desta segunda.
Oficialmente, o clube ouviu do jogador e seus empresários que a ausência foi motivada por “dores no rosto”, que teria sido causada pelo soco do profissional que integrava a comissão de Jorge Sampaoli. O centroavante teria, inclusive, consultado um profissional para avaliar o local.
A expectativa agora, porém, é de uma conversa presencial na parte da tarde. O Flamengo quer ouvir Pedro, para então decidir sobre os próximos casos e também o que será feito com a falta.
Pelo que aconteceu na vitória do Flamengo sobre o Atlético-MG, e motivou a agressão de Pablo Fernández, o clube já havia decidido multar Pedro, que negou se aquecer a pedido do agora ex-preparador. A falha foi entendida como “grave”, equivalente a rejeitar entrar em campo, por exemplo.
Fica ainda mais grave, na visão rubro-negra, o fato de tudo ter acontecido quando o Galo ainda vencia por 1 a 0. Esse ponto, no entanto, acaba virando secundário na avaliação por tudo que aconteceu com Pedro no vestiário. O clube entende que é necessário, primeiro, superar a agressão.
Pedro será questionado, porém, por ter mencionado “covardia psicológica” no desabafo que fez nas redes sociais para denunciar a agressão. O clube quer entender quem teria feito isso com ele e também porque o fato não teria sido reportado antes por ele aos dirigentes.
Embora Pedro não tenha se apresentado, representantes do jogador já tratam desde a manhã com a direção a situação do atleta. Isso não significa qualquer conversa para a saída do atacante do Ninho, mas também não há qualquer possibilidade descartada neste momento.
Cuiabá (F) – 06/08, 20h (de Brasília) – Brasileirão
Fonte: ESPN