O vice-presidente de Comunicação e Marketing Gustavo Oliveira e o diretor de Marketing Marcos Senna participaram na Argentina de um seminário sobre negócios do futebol organizado pelo Olé. Na apresentação “Flamengo, modernização e expansão: um gigante do Brasil”, Senna falou sobre a venda de ingressos para a final da Copa do Brasil.
“Agora esta semana estamos vendendo para a final da Copa do Brasil. Pusemos os preços altos mas em 24 horas vendemos todos (sic). Isso é bom, mas tem outras milhões de pessoas tentando comprá-los, não estão conseguindo comprar e se queixam, vão às redes sociais. A repercussão de tudo que fazemos… Os custos são sempre mais altos. Há uma dificuldade adicional para executar tudo o que fazemos em um clube deste tamanho”, disse.
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Na realidade, o Flamengo não vendeu todos os ingressos em 24 horas. Entretanto, apenas entre os sócios torcedores, esgotou os setores mais populares. Hoje, a venda para os torcedores comuns começou com ingressos com preço mínimo de R$ 500.
Segundo informações da imprensa, OIiveira e o departamento de Marketing foram os responsáveis por estabelecer o valor do ingresso para o jogo contra o Corinthians, que teve aumento de ao menos 43% e até 85% em relação à final da Copa do Brasil do ano passado.
Dirigente define Maracanã como ‘maior estúdio do mundo’
Ao explicar para os argentinos o programa de sócio-torcedor do clube, Senna estimou que 99% dos torcedores do Flamengo nunca foram nem irão ao Maracanã.
“Sabemos que 82% da torcida do Flamengo não mora no Rio. 99% dos nossos torcedores nunca foram ao estádio e provavelmente nunca vão a um jogo do Flamengo no Maracanã. Nosso negócio é chegar a esses 99%. E para isso nosso problema de sócios traz outros benefícios para envolver nossos fãs”, afirmou.
Gustavo Oliveira destacou que o sócio-torcedor “equivale a duas vezes o valor do patrocínio master”. O MRN mostrou que justamente o fato de o Flamengo estar cumprindo o orçamento de matchday – receita de estádio e sócio-torcedor – com folga, não há justificativa para o aumento abusivo dos preços de ingressos.
Ao falar sobre a Fla TV, Marcos Senna definiu o Flamengo como “uma empresa de conteúdo” e o Maracanã como “o maior estúdio de conteúdo do mundo”.
Dirigentes destacam Off-Rio e crescimento da torcida
Senna e Oliveira destacaram para os argentinos o crescimento da torcida do Flamengo entre os jovens e a importância dos Off-Rio para esse número. Entretanto, o clube sob a gestão Landim vem tomando uma série de iniciativas que prejudicam os torcedores de fora do estado.
“O importante é ter em conta, mas que temos que trabalhar para ser melhores. O mais importante é que somos 28% das crianças e jovens. Para nós já não é um tema de queremos mais torcedores. Sim, queremos. Mas como fazermos para ser mais relevantes para todos. Principalmente para os jovens. Quando eu tinha 10 anos, minha vida era Flamengo, Zico, não tinha muito mais o que fazer. Tínhamos nossos ídolos aqui e nossa seleção nacional. Hoje as crianças têm tantas opções que nós estamos em uma indústria de entretenimento e temos que buscar formas de sermos relevantes para essas pessoas. Somos 40% maiores que a segunda equipe. Nós não somos do Rio, somos do Brasil, por isso somos tão maiores”, afirmou Senna.
“Os resultados esportivos fazem crescer torcedores. Nós não pegamos torcedores de outros clubes porque os torcedores têm fidelidade aos clubes. Mas os resultados que nós conseguimos desde 2019 fizeram com que saíssemos de 18% para mais de 21% não tirando dos outros clubes, mas sim tirando daqueles que não seriam torcedores. Se você fizer um cálculo tirando os não torcedores, de todos os brasileiros que torcem por algum time no Brasil, 29% são torcedores do Flamengo”, completou Gustavo Oliveira.
Fonte: Mundo Rubronegro