Claudio Sampaio: “Gabigol, o retrato de predestinação e gratidão em vermelho e preto”

É fácil e é um comum deleite se dizer torcedor do Flamengo de 1981…

Também é sobremaneira aprazível dizer-se fã do grande Mengão que, em novembro de 2019, reconquistou e voltou a colorir a América do Sul em suas mais autênticas e vibrantes matizes…

No entanto, ser Flamengo tem tudo a ver com ser grato e dar valor à sua história…

Ser Flamengo é se identificar com as cores, se identificar com o Clube e se integrar à massa torcedora justamente exaltada como “Nação” …

Gabriel Barbosa chegou no início de 2019, ralou um pouco com Abel Braga, mas se apaixonou pelo Flamengo e pelo Rio de Janeiro…

Gabriel Barbosa, o “Gabigol” nascido no Santos, tornou-se pedra fundamental da história rubro-negra com os gols do Bi e do Tri da Libertadores da América, sem que esqueçamos o quanto contribuiu para o Octa Nacional de 2020/2021.

Mas o tempo passou, Jorge Jesus se foi (durante a pandemia), Dorival foi relegado, e Gabriel, com a novidade da pesada 10 de Zico, voltou a ser “um a mais” no festejado elenco rubro-negro, como era no primeiro dia de sua contratação.

Depois de provar-se um efetivo “predestinado”, Gabriel relaxou e vacilou, é fato, achando-se no direito de misturar a vida de atleta com a vida noturna e musical.

Mas tomou muita pancada (da mídia e de parte da torcida), desfez os sorrisos para o incauto comando do Futebol e agora, em 2024, parece mais “fino”, motivado, condicionado e disposto a mostrar novamente o seu valor para o Clube.

Se vai dar certo, ninguém sabe, sobretudo porque Tite parece mais simpático ao ótimo Pedro, típico 9 centralizado que poucas chances tem deixado para Gabriel, mas é certo que a Diretoria, mesmo que vacilante e sob justa insatisfação da massa, deve tratá-lo com respeito, deferência e confiança.

Se, por um lado, o Gabriel Barbosa de hoje não parece estar ainda em sua melhor fase (talvez pela falta de mais sequência e entrosamente), por outro lado, é um jogador histórico, identificado e dedicado ao Flamengo e à sua imensa Nação.

De nossa parte, como torcedores, rogamos fervorosamente mais oportunidades para Gabriel Barbosa e que ele consiga provar, mais uma vez, ser o “Predestinado”, o qual muitos qualificam, com generosidade, mas também certa dose de justiça, como o “Príncipe” do Mengão.

Da parte dessa contestada Diretoria, mais preocupada com festim e politicagem, esperamos que, mesmo se não Gabriel não emplacar nestes primeiros meses de 2024, seja tratado com respeito e deferência.

Esperamos que os atuais dirigentes, ungidos por Rodolfo Landim, não deixem o “predestinado da Nação” ser entregue, de modo impune, aos braços de qualquer clube rival (regional ou nacionalmente).

Gabriel Barbosa, o Gabigol, além da identificação com a causa rubro-negra, ainda tem idade, capacidade e muita lenha para queimar em favor do Flamengo. Mais cedo ou mais tarde, mostrará novamente sua fibra e fará outros gols decisivos.

Diante disso, só nos resta torcer para que os dirigentes do Banco de Regatas do Flamengo – que tanto têm se vangloriado de resultados financeiros – tenham o mínimo de inteligência e gratidão, pois nós, torcedores, acreditamos que a volta por cima do “herói” dos títulos continentais de 2019 e 2022 será breve.

Afinal, é ululante a identificação do (ainda) jovem Gabriel com nossa paixão e com nossas cores: “Uma Vez Flamengo, Sempre Flamengo”.

Fonte: Coluna do Fla

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