Caos na Copa América liga alerta para Super Mundial de Clubes

A Copa América chegou ao fim neste domingo (14) com título da Argentina sobre a Colômbia, mas o saldo do torneio é de muitos alertas para as próximas competições nos Estados Unidos. O país será sede do Super Mundial de Clubes de 2025, que terá o Flamengo e mais 31 equipes. A Fifa tem dever de encontrar soluções para as muitas falhas de segurança que ocorreram nos protocolos da Conmebol e Concacaf.

A grande final expôs a dificuldade das entidades em organizar a segurança do evento. Torcedores sem ingressos invadiram o estádio, o que ocasionou conflitos com as forças de segurança e o fechamento dos portões. Como resultado, jogo que começaria às 21h teve apito inicial somente às 22h20.

As imagens que viralizaram nas redes sociais mostram que não houve qualquer controle de torcedores com e sem ingressos até a chegada nas catracas. Um fluxo de pessoas muito maior do que a segurança poderia comportar e em espaço apertado, e o início da confusão transformou o local em um caos, colocando em risco muitas crianças que aparecem nas imagens.

Familiares de jogadores também estavam entre esses torcedores. Ou seja, além de arriscar a integridade física de diversas pessoas e atrasar o jogo em mais de uma hora, as falhas de segurança influenciaram inclusive na concentração dos atletas.

Esse é um problema que precisa ser resolvido para uma competição que terá 32 dos principais clubes do mundo. O Flamengo possui 50 milhões de torcedores, que certamente marcarão presença, o Al Ahly, do Egito, é outro entre clubes de maior torcida do mundo, River Plate e clubes árabes.

Isso além de Real Madrid, Bayern de Munique e outros europeus que não só possuem muitos torcedores, mas também muitos interessados em ir aos jogos ao redor do mundo. A movimentação de torcedores, portanto, deve ser muito mais intensa.

Segundo o portal ‘UOL’, Conmebol e Concacaf enfrentaram dificuldades em função das diferentes leis dos estados no país. Isso porque cada estado tem suas leis e protocolos definidos para segurança de eventos. Isso é algo que preocupa a Fifa para futuro, já que além do Mundial, país receberá Copa do Mundo de 2026.

O Mundial de Clubes de 2025 será disputado entre os dias 15 de junho e 13 de julho. Além do Flamengo, Palmeiras e Fluminense são os brasileiros classificados até o momento. As únicas vagas restantes, aliás, são duas da Conmebol e o clube que representará o país-sede.

Briga na arquibancada

Um outro fator de segurança que chocou durante a Copa América foi a cena dos jogadores uruguaios brigando com torcedores da Colômbia nas semifinais. Não houve separação de torcedores durante o torneio, e atletas foram para as arquibancadas para livrarem os familiares de confusão.

Sendo assim, a Fifa precisa não só se preocupar em como deslocar e garantir o controle dos torcedores de cada equipe que vão aos estádios. Mas também é importante que a entidade garante distanciamento entre essas torcidas para evitar conflitos.

Portal aponta outros problemas da Copa América

Não só a segurança foi falha durante a Copa América. Segundo o UOL, “observadores” da Fifa acompanharam o torneio in loco e estão muito preocupados com alguns fatores para a Copa, o que naturalmente indica problema ainda maior para o Super Mundial, já que o tempo de preparação é menor.

A começar pelas dimensões menores dos campos. Por ter que adaptar estádios feitos para futebol americano, a Conembol diminuiu os campos em 5 metros de largura e 4 metros de profundidade. O torneio foi disputado em gramados de 100 metros de comprimento por 64 metros de largura, menores que o padrão (105 x 68). Além disso, a qualidade da grama foi alvo de críticas.

Alguns locais de treino também apresentaram gramado ruim e falta de privacidade, outro problema potencializado em torneio de 32 equipes. Por fim, seleções sofreram com atrasos de voos durante a competição.

Problemas podem ser usados por europeus em discurso contra Super Mundial

Portais da Europa afirmam constantemente que os times europeus questionam a realização do Super Mundial de Clubes. Isso porque vai acrescentar muitas datas em calendário que consideram já apertado e a projeção de premiação não compensaria a presença.

Se antes se falava em 50 milhões de euros (R$ 297 milhões) por participação, falas do técnico Carlos Ancelotti, do Real Madrid, indicaram proposta de 20 milhões de euros (R$ 118,8 milhões). Ele também disse que o Real pretendia não participar, mas isso desmentido em nota pelo clube.

Ainda assim, as notícias que vêm do Velho Continente apontam para no mínimo uma pressão dos clubes sobre a Fifa para melhorar condições do torneio, ao menos as financeiras. E os muitos problemas de organização podem ser usados como argumento.

Fonte: Mundo Rubronegro

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