Enquanto o Flamengo definha dentro de campo e crises envolvendo Marcos Braz, grupo de jogadores e comissão técnica tomam conta do noticiário, os dirigentes do Flamengo estão focados no cenário político do clube. A base do Presidente Rodolfo Landim, por exemplo, já pode “pedir música no Fantástico”, ao tentar a suspensão de Eduardo Bandeira de Mello pela terceira vez.
Principal opositor de Rodolfo Landim, Bandeira de Mello vem sofrendo com perseguições desde o final de 2018, e em 2023, o ex-presidente pode perder o direito de concorrer nas próximas eleições, que acontecem no ano que vem, por mais uma canetada do Conselho Deliberativo do Flamengo.
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O CoDe convocou seus integrantes para votar, no próximo dia 14, novas propostas de emendas ao estatuto. Uma delas define a proibição da candidatura de quem ocupe cargos eleitorais fora do clube. Este é o caso de Bandeira de Mello, que teria uma possível candidatura barrada por ser deputado federal com mandato até 2026.
Em maio, no entanto, Bandeira garantiu que não teria a intenção de concorrer em 2024: “Não tenho essa intenção, mas como rubro-negro e como sócio tenho o direito de participar do pleito. Sou Deputado, se eu fosse eleito não conseguiria conciliar. O mandato de Deputado Federal é preciso levar a sério”, disse em entrevista.
Bandeira x Landim pela “Chapa Azul” do Flamengo em 2018
Assim, a primeira tentativa contra Eduardo Bandeira de Mello aconteceu no final de 2018, após o pleito que elegeu Rodolfo Landim para o seu primeiro triênio comandando o Flamengo. Acusado de “ferir o estatuto ao entrar na Justiça contra decisão do clube”, o conselho tentou suspender Bandeira por 16 meses, por conta do uso da cor azul nas eleições.
O pedido se deu porque o ex-presidente entrou na Justiça Comum contra uma decisão do clube. Bandeira ficou marcado por ter sido eleito em 2013 como o rosto da “Chapa Azul”. No entanto, nas eleições de 2018, Rodolfo Landim também queria utilizar o azul, já que tinha alguns remanescentes da antiga chapa.
Mas após imbróglio jurídico, o Flamengo definiu que as chapas seriam rosa e roxa. Em maio de 2019, no entanto, Bandeira foi absolvido de uma pena que poderia chegar até mesmo à sua exclusão do quadro social. Com um placar de 47 x 41, os conselheiros rejeitaram a primeira ofensiva da base de Landim.
Bandeira e a entrevista sobre o acidente do Ninho do Urubu
Em abril de 2020, Bandeira concedeu uma entrevista e afirmou que o trágico acidente do Ninho do Urubu talvez não tivesse acontecido caso ele ainda estivesse no comando do Flamengo: “Se eu ainda fosse presidente, tenho quase certeza que não teria acontecido o incêndio. Mas fiquei lá seis anos e não aconteceu nada”, disse.
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Sendo assim, por conta dessas falas, o antigo mandatário rubro-negro foi suspenso por 90 dias em agosto de 2021. Com a participação de 82 conselheiros, 52 votaram favoráveis à suspensão. No entanto, em 2022 Bandeira foi absolvido pelo Flamengo após pedido de recurso.
Fonte: Mundo Rubronegro