O âncora da CBN Carlos Andreazza criticou o Flamengo e seu vice-presidente de Futebol ao comentar o caso de “Marcos Braz, que além de morder virilha, é vereador”, nas suas palavras.
Andreazza disse que, ao organizar a entrevista coletiva de Braz sobre a briga com um torcedor dentro do Ninho do Urubu, “o Flamengo levou o problema para dentro de casa, como se não tivesse problemas suficientes”.
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“É vergonhoso que o clube tenha oferecido as suas instalações para que o seu vice-presidente de Futebol desse uma coletiva em que o futebol não foi assunto. O Clube de Regatas do Flamengo, vergonhosamente, é falta de gestão, permitiu que um problema de natureza policial, também política, tivesse lugar dentro de si. É um erro de avaliação, de separação das coisas“, afirmou.
De acordo com Andreazza, “isso acontece quando o dirigente esportivo é também político“.
“Não tem lado bom nisso para uma instituição esportiva. Não tem vantagem nenhuma, só prejuízo, num dirigente seu ser político”, afirmou.
Braz já afirmou que pretende concorrer à reeleição como vereador e continuar como vice-presidente do Flamengo em 2024.
‘Braz não está à altura de ser vereador’, afirma jornalista
Andreazza também criticou Braz por ter faltado deliberadamente a uma sessão na qual a Câmara Municipal votaria um importante empréstimo do BNDES para ir ao shopping com sua filha.
“Não sei se ele está à altura de ser vice-presidente do Flamengo, ele disse que está. Eu digo pelas respostas dele, apenas por isso, mas para mim tá tudo dito ali, nesta entrevista, para mim ficou muito claro que ele não está à altura de ser vereador. Porque não conhece a dimensão pública da atividade política. Não entende a lógica da representação. Ele não faz opção, não existe opção. A opção para o vereador é na hora de votar, sim ou não. Ele não opta por estar com a filha ou com quem quer que seja na hora de uma sessão importante do Parlamento. Essa opção é incompreensão profunda do que seja atividade política, de um cargo eletivo”, disse.
Para Andreazza, o fato de Braz ser descontado pela falta não é atenuante.
“Ah, não, mas eu vou ser descontado por que eu faltei, eu não burlei o sistema…” E daí? É só o que faltava, receber sem estar na sessão. Claro que ele tem que ser descontado. Eu estou falando sobre a falta na sessão, que ele acha normal. Isso é imoral, e como é público, uma manifestação tremenda de falta de ética. Ele não pode achar normal não estar no plenário para uma determinada votação”, afirmou o jornalista.
Jornalista desconfia de lapso de memória de Braz sobre mordida
Além disso, o jornalista disse que “não é de adulto” o argumento usado por Braz de que terá que se explicar à Comissão de Ética por ir ao shopping com a filha enquanto outros vereadores já foram julgados por estupro e assassinato.
“Não é por isso que o senhor terá que prestar esclarecimentos na Comissão de Ética. O senhor terá de prestar esclarecimentos na Comissão de Ética, faltando ou não a sessão, porque saiu na mão na rua. Porque o senhor é um parlamentar, o senhor é um vereador, e brigou na rua. Essa é a razão por que o senhor vai para a Comissão de Ética. O senhor é parlamentar em tempo integral.”
Finalmente, Andreazza mostrou descrença sobre a alegação de Braz de que não se lembra se mordeu a virlha do torcedor na briga no shopping.
“Vai para cima do torcedor, aí tem um lapso de memória desse evento, desse momento em que ele se embola com o cara e sai no braço, e a circunstância em que, meu Deus do céu, encaixou uma mordida na virilha, disso ele não lembra de nada. Aí fica fácil.”
Fonte: Mundo Rubronegro