A primeira partida da final da Copa do Brasil teve uma renda de mais de R$ 26,3 milhões. Desta forma, estabeleceu o recorde de renda da história do futebol entre clubes no Brasil.
Na segunda-feira, ao defender o valor dos ingressos cobrados na final, o vice-presidente de Marketing Gustavo Oliveira citou os tíquetes médios de R$ 126 no Setor Norte e R$ 193 no Setor Sul. Entretanto, o valor médio pago pelo torcedor considerando todos os setores do estádio foi bem mais salgado.
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O tíquete médio da partida (cálculo do total da renda dividido pelo número de torcedores que pagaram ingresso) foi de R$ 436,21. Isso significa um aumento de 140% em relação à final da Copa do Brasil do ano passado, quando o tíquete médio foi de R$ 181,55.
A inflação do período pelo índice IPCA foi de apenas cerca de 4%. Ou seja, por esse critério o tíquete médio deveria ter sido de R$ 190,47 e a renda total de R$ 11,5 milhões.
Público foi de mais de mil pagantes a menos do que em 2022
Não à toa, a torcida do Flamengo vaiou o anúncio do recorde de renda e hostilizou o presidente Rodolfo Landim após a divulgação do recorde.
O valor dos ingressos provocou muita polêmica desde que foi divulgado. O Procon pediu explicações ao Flamengo, que justificou a precificação sob argumento da oferta e demanda.
O diretor de Marketing Marcos Senna disse que os ingressos eram caros, mas esgotaram em 24 horas – o que não aconteceu, já que havia ingressos à venda até ontem. O público pagante foi de mais de mil torcedores a menos do que a partida contra o Corinthians, 60.390 torcedores contra 61.566.
Entretanto, apesar de ter quebrado o recorde entre clubes, a renda ainda foi cerca de R$ 12 milhões menor que a maior da história do futebol brasileiro. Na final da Copa América de 2019, entre Brasil x Peru, a renda no Maracanã foi de R$ 38, 8 milhões. Apesar disso, o tíquete médio deste domingo foi bem maior do que o mais recente jogo da seleção, contra a Bolívia, que teve ingressos a uma média de R$ 252.
Fonte: Mundo Rubronegro
