Os argentinos que torcem para o River Plate gostam de afirmar que o Boca Juniors “murió en Madrid”, ou seja, “morreu em Madrid”. Isso porque o River venceu o rival na final da Libertadores de 2018, ano anterior ao da Glória Eterna rubro-negra, em jogo no estádio do Real Madrid por conta dos episódios de violência na Bombonera, na ida. Em 2019, porém, dá para dizer o mesmo do time comandado por ‘Muñeco’.
Em 2019, como atual campeão e em uma nova decisão, o River Plate era o time a ser batido. No entanto, a temporada foi incrível para o time de Jorge Jesus, e não poderia não ser coroada com o caneco continental. Por isso, foi a vez do Flamengo “matar” o clube argentino. E parece ter sido um momento derradeiro na história do clube.
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O River Plate nunca mais voltou a figurar como grande potência na competição desde aquela decisão. A equipe até alcança a fase mata-mata, mas não disputa, de fato, pelo título, e não voltou a jogar uma final do torneio. Fora do Brasil, o River ainda é uma das potências, mas passou por muitas mudanças e não teve mais o mesmo afinco de antes, tentando retomar com a volta de Gallardo.
River Plate piorou desempenho na Libertadores com o passar dos anos
No ano seguinte ao fracasso para o Flamengo, o River Plate até chegou na fase semifinal, mas foi eliminado pelo Palmeiras. Daí em diante, a equipe foi piorando ano a ano. Em 2021, o clube parou nas quartas de final, e em 2022 e 2023, nas oitavas. Em 2024, o time até voltou a disputar a semifinal, mas levou 4 a 0 no placar agregado para o Atlético-MG.
Até o Boca Juniors, que os torcedores do River Plate dizem ter morrido em Madrid, já voltou a disputar uma decisão, ficando com o vice para o Fluminense no Maracanã, em 2023.
Redução nas conquistas: a queda do River Plate
Após o vice para o Flamengo, o River Plate levou dois anos para se recuperar e voltar a ser campeão na Argentina. O clube venceu a liga local em 2021 e 2023. Mas o sucesso continental sofreu drástica redução.
Antes do Flamengo, contabilizando os cinco anos até 2018, ou seja, de 2013 até 2018, o time empilhou taças pelo continente. O River Plate foi campeão da Copa Sul-Americana 2014, venceu a Libertadores em 2015 e 2018 e ainda levou as Recopas de 2015, 2016 e 2019, antes de enfrentar o Flamengo.
A Copa Surugabank, em 2015, foi mais uma conquista em âmbito internacional. Na Argentina, o time foi campeão da liga em 2014, e o período de cinco anos antes da decisão foi muito melhor do que os últimos cinco anos.
Time inferior
Em 2018, o River Plate tinha uma equipe que era considerada uma das melhores do continente, sendo um timaço. Na final da Libertadores, por exemplo, a escalação foi a seguinte: Armani; Montiel, Maidana, Pinola, Casco; Ponzio, Enzo Pérez, Palácios; Nacho Fernández, Pity Martínez e Lucas Pratto.
Para a temporada seguinte, na final em que saiu derrotado pelo Flamengo, o River Plate ainda tinha uma base daquela equipe e foi a campo, em Lima, com o seguinte esquema: Armani; Montiel, Licha Martínez, Pinola, Casco; Enzo Pérez, Nacho Fernández, Nico de la Cruz, Palacios; Matías Suárez, Rafael Borré.
O time atual do River Plate sofreu mudanças significativas. De La Cruz, por exemplo, agora pertence ao Flamengo, e Borré, ao Internacional, além de diversas outras mudanças. Apenas o goleiro Armani e o lateral-esquerdo Casco continuam no time titular: Armani; Fabrício Bustos, Gattoni, González, Casco, Simón, Villagra, Meza, Echeverri; Colidio e Pablo Solari.
River perdeu técnico histórico, que só voltou recentemente
O Flamengo superou o River Plate de Marcelo Gallardo, o Muñeco, como é conhecido pelos torcedores locais. Gallardo fez seu nome no River e se tornou ídolo, mas as coisas mudaram muito após sua saída. O time argentino precisou superar a saída do ídolo, que aconteceu em dezembro de 2022.
De 2023 até a metade do ano, Matín Demichelis foi o técnico, e Marcelo Escudero ficou como interino após sua saída. Finalmente, em agosto, Gallardo retornou ao clube, voltando a dar esperanças para o torcedor de uma nova era que se perdeu pelo caminho após a glória flamenguista.
Fonte: Mundo Rubronegro