O debate em relação a proibição de público em São Januário segue em disputa judicial e o Vasco só está liberado para mandar jogos com portões fechados. A Justiça entende que o clube precisa instalar catracas com biometria para o retorno de público, e o promotor Rodrigo Terra classificou o estádio como “o pior de todos”.
“Estamos cobrando isso de São Januário porque acabou de ocorrer um evento de violência extrema dentro do estádio em que sinalizadores foram arremessados no gramado, rojões foram apreendidos. Como eles entraram? Como eles explodiram isso lá dentro? Não foi no Maracanã, não foi no Engenhão. Foi em São Januário. Agora, isso não significa que a biometria não deva ser estendida para outros estádios. Deve, sim. Mas é muito interessante que comece pelo pior de todos, que é São Januário.
Leia mais: Nunca foi tão fácil finalizar contra o Flamengo como com Sampaoli
Em resposta, o vice-presidente geral do Vasco, Carlos Osório, apontou “incoerência flagrante” e citou incidentes que aconteceram no entorno e dentro do Maracanã este ano. O dirigente, aliás, costuma criticar a administração do estádio, feita pela dupla Fla-Flu.
“Se ponto central foi a entrada de rojões e sinalizadores no estádio de São Januário, como nada foi feito contra a frequente entrada de bombas e sinalizadores no Maracanã esse ano, que ensejou inclusive punição da Conmebol? No incidente em São Januário não houve invasão e nem registro de feridos. Já em jogos no Maracanã esse ano tivemos diversos incidentes, inclusive com mortes na área externa e disparo de arma de fogo dentro do estádio. São dois pesos e duas medidas.”
Os comentários do dirigente são sobre partidas recentes Flamengo e Fluminense no Maracanã, que motivaram punições da Conmebol por uso de sinalizadores. Além disso, relatos apontam para possíveis disparos dentro do estádio durante jogo entre Fluminense e Argentino Juniors.
Justiça mantém proibição de público em São Januário
Apesar das manifestações do dirigente do Vasco, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) manteve a proibição de público em São Januário. O clube terá que continuar com os jogos com portões fechados pelo menos até julgamento de recurso, que deve ser apresentado no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
No entanto, a decisão pode ser prejudicial ao Flamengo. Isso porque deve resultar no Vasco acionando a Justiça mais vezes em 2023 para atuar no Maracanã. Nesta temporada, o Cruzmaltino já mandou jogos contra Palmeiras e Atlético-MG no estádio.
Fonte: Mundo Rubronegro
