Justiça negou 2 pedidos da PF envolvendo Bruno Henrique

A Polícia Federal fez dois pedidos à Justiça antes de iniciar a busca e apreensão de Bruno Henrique na última terça-feira (5). A desejo era de que a Justiça emitisse um mandado de busca e apreensão para que pudessem lidar com o jogador em via pública. Além disso, a busca em qualquer quarto de hotel que ele pudesse estar também foi solicitada.

Assim, a PF estava determinada e buscar BH27 onde quer que estivesse. De acordo com o Metrópoles, porém, o juiz Fernando Brandini Barbagalo, da 7ª Vara Criminal de Brasília, não aceitou nenhum dos pedidos.

Marcos Braz dá detalhes da postura do Flamengo em investigação sobre Bruno Henrique

Dessa forma, os policiais tiveram que seguir com o mandado de busca e apreensão domiciliar, o que não foi um problema, já que Bruno Henrique foi encontrado facilmente e levado para prestar depoimento.

Vale lembrar que a investigação a Bruno Henrique se dá por suposto esquema envolvendo seu irmão, sua cunhada e uma prima. Os indivíduos teriam apostado altos valores na Betano, Galera Bet e KTO para que o jogador levasse cartão amarelo no jogo contra o Santos, no ano passado.

As próprias casas denunciaram, ainda na época, estranhando a movimentação incomum de contas com menos de 24 horas. O caso foi arquivado e correu em sigilo, mas voltou a ter investigação aberta antes da volta da final da Copa do Brasil.

O que alegou a Justiça para negar os pedidos

Para o juiz Barbagalo, a procura poderia afetar outros jogadores do Flamengo, caso Bruno Henrique estivesse concentrado com seus demais companheiros em um hotel. Ele considerou ainda os possíveis torcedores e fãs presentes no hotel e decidiu que o melhor caminho seria evitar qualquer tumulto ou cena desnecessária.

“O Representado é jogador de futebol afamado, atleta de clube nacionalmente conhecido, estando na disputa títulos em campeonatos de nível nacional e a medida, caso autorizada nos moldes propostos, pode afetar outro(s) atleta(s) que esteja dividindo quarto com o Representado e todos os demais atletas e componentes da delegação, além de obviamente ter potencial para causar tumulto no hotel, caso existam torcedores no local ou nas imediações”, alega.

O caminho foi o mesmo para negar a busca em via pública, tratando-se de um jogador famoso.

“Igualmente, o pedido de autorização de busca e apreensão em revista pessoal contra o Representado em via pública, igualmente, deve ser afastado, pois, além de expor indevidamente o Representado, como afirmando anteriormente, pessoa pública, poderá ser realizada no curso da busca domiciliar já autorizada”, conclui.

O posicionamento do Flamengo no caso Bruno Henrique

Oficialmente, o Flamengo se posicionou alegando que Bruno Henrique goza de inocência até que se prove o contrário. Além disso, o clube se coloca ao lado do jogador e presta todo apoio necessário. Marcos Braz, em entrevista, falou sobre o início do processo no ano passado.

“O Flamengo foi comunicado pela Fifa um tempo atrás que teria um atleta sendo investigado. Isso passou pelo STJD, o Flamengo chamou o atleta, deu as explicações pertinentes na época, enviamos ao STJD. Ato contínuo, o STJD deva ter investigado, analisado as respostas, os lances. Arquivou o processo, nós também tivemos essa informação”, conta Marcos Braz.

Por fim, Braz também contou teor da conversa com Bruno Henrique.

“Quando chega no CT, eu converso com ele e mais uma pessoa. A gente pergunta em relação a como ele estaria, porque estaria no jogo de amanhã, está no jogo. Conversei com o Filipe Luís, ele treinou normalmente e seguiu as atividades como estamos aqui indo para o jogo. A todo momento estava muito tranquilo dizendo que não teria absolutamente nada com isso”, finaliza.

Fonte: Mundo Rubronegro

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