Desde 1895 todo rubro-negro vivo acredita que sempre vai ser campeão. Faz parte da nossa história, da nossa personalidade, da nossa alma, a arrogância já vem cravada no DNA. O rubro-negro acredita que sempre dá, seja pelos talentos individuais, pela força da Nação, seja pela aura mágica do Manto Sagrado.
Mas nesse sábado (26), vendo aquele sofrível Flamengo estelar se arrastando em campo como um bando irreconhecível, o flamenguista experimentou uma sensação desagradável de entrega. O conformismo do time chega a ser palpável, a equipe se dissolveu e estamos assistindo um grupo desconexo, que não mantém uma linha defensiva, que não sabe mais atacar, que corre errado e simplesmente não se entende em campo.
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E isso não começou hoje. Na verdade isso vem desde 2019, onde uma série de fatores conspiraram para que tudo desse muito, muito certo e funcionou como uma faca de dois gumes. Os poderosos chefões com egos inflados, se tornaram imbatíveis e tiveram a “licença” para cometer uma série de atrocidades dentro do clube e olha que eu nem vou falar de curral eleitoral rsrs o amadorismo do futebol vem acumulando erro em cima de erro e uma hora, é óbvio, o Flamengo pagaria o preço.
Antecipar o planejamento é indispensável para o Flamengo
Não adianta contratar o técnico que quer ou pode vir, o Flamengo é grande demais pra isso. O planejamento tem que começar antes da temporada acabar e não em março, quando começam as “promoções”. Isso era aceitável até 2018, quando o Flamengo tinha que esperar para ver o que sobrava e o que dava.
O planejamento tem que ser além de empresário amigo, além de medalhão semi aposentado. As contratações tem que ser específicas, as que complementam e suprem as necessidades do time, as que reforçam elenco e não as de oportunidade.
Quem assistiu esse Flamengo x Inter, tá com um bolo na garganta, uma raiva, uma frustração gigante porque realmente não tinha a menor necessidade de chegar a esse ponto. O técnico, cuja característica é a ofensividade, parece tão apático e entregue como o restante. É triste olhar o quadro e entender o que está acontecendo. Outra falha, outra perda de tempo e insistir no erro pode ser pior ainda.
Que tenhamos força para continuar acreditando. Eles vão, a torcida fica.
Renata Graciano é jornalista, apaixonada pelo Flamengo, por futebol e que morre de saudade das chuteiras pretas.
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Fonte: Mundo Rubronegro