Ressaca

Eu sei que é pretensão falar em nome de todos os Rubro-Negros, mas esse é o sentimento quase que generalizado da Nação Flamenga é muito claro.

E é incrível, porque geralmente o sentimento predominante é raiva, indignação, inconformismo e até mesmo ódio. Mas agora o que todos só conseguem sentir, é desânimo.

Desclassificados nas quartas da Libertadores porque perdemos o jogo em casa por 1×0 e não conseguimos reverter o resultado. Não fizemos um gol, não assustamos, não agredimos. Arame liso. O trabalho de Tite, é horroroso. Não, não é uma pergunta e também não está aberta a questionamentos: o trabalho de Tite é absolutamente horroroso.

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Em um ano de clube, Tite não conseguiu fazer o time funcionar, simples assim. Não existe um padrão, os jogadores correm errado. Porque eles correm, mas como defender um sujeito que o time precisando marcar gol, a bola não chega na área e ele faz o quê? Coloca um zagueiro! Quando muito, troca lateral.

Longe de ficar defendendo os caras que entram em campo, mas eles são só a pontinha do iceberg, pra não dizer que eu estou maluca, é só observar o discurso orgulhoso dos dirigentes, do técnico sobre ter vencido o carioca.

Campeonato Carioca, aquele mesmo, que todos gostaríamos que o sub 23 pudesse jogar, aquele que não tem nem premiação e que ao invés de servir de pré-temporada, o torcedor passa todo o período rezando pra um atleta que custou milhões de euros não pisar num buraco da várzea que eles mandam jogos. Esse mesmo. Aquele que não tem que jogar, porque é obrigação vencer.

O discurso vem pronto, “vivos em todas as competições”, mas respirando por aparelhos. Abrindo mão do Brasileiro, DE NOVO, rolando na lama nas copas, jogando e não convencendo. E vendo o “treinador” deixar o filho brincar de lego com o elenco milionário e ir quebrando jogador por jogador.

A sensação que eu tive observando essa “era Tite” foi a mesma que o empresário do Rocky Balboa fez com ele, arrumou adversários fracos, manteve a sensação de imbatível intacta, mas quando ele encarou um adversário real, beijou a lona.

E assim como Rocky, espero mesmo que sirva de lição, o Flamengo já passou faz tempo da fase de ter que contratar treinador e jogador que aceitavam vir, agora estamos num patamar que comprar o que o clube precisa. Mas aí precisa de competência.

Contrataram um sujeito que fracassou por duas copas, mantendo a mesma história do Rocky, que abandonou o time chorando em campo após uma derrota, que terceiriza culpa e encanta idiotas com um vocabulário tosco e queriam o que?

Pelo visto, o Flamengo está “vivo” em duas competições (risos).

Em tempo: Pra quem debochou de quem comemorou sexto lugar porque desclassificou o rival e se classificou pra libertadores… pelo visto vão ter que remar pra ir pra sula e, quem sabe, ter a sorte de comemorar o sexto lugar também.

Eles passam, o Flamengo fica.
Nós somos o Flamengo.

Saudações Rubro-Negras!

Renata Graciano é jornalista, apaixonada pelo Flamengo, por futebol e que morre de saudade das chuteiras pretas. Siga Renata Graciano no Twitter.