Compra do terreno do estádio e contratações reduzem caixa do Flamengo

Time de melhor saúde financeira do Brasil há alguns anos, o Flamengo adotou uma postura diferente da habitual no segundo semestre dessa temporada. Ainda que realize grandes investimentos ano a ano, as contratações e a compra do terreno do Gasômetro para a construção de um estádio reduziram consideravelmente o dinheiro do clube em caixa.

O Rubro-Negro possuia R$ 187 milhões em caixa ao final do primeiro semestre do ano. Mas R$ 120 milhões eram oriundos do Maracanã e ainda seriam divididos com o Fluminense, enquanto R$ 56 milhões referentes a uma antecipação da Globo pelo contrato de TV do Brasileirão de 2025. A informação é do jornalista Rodrigo Mattos, do “UOL”, que classifica o cenário financeiro como “apertado” neste fim de ano.

A compra do terreno do Gasômetro para a construção de um estádio foi o maior impacto nos cofres: R$ 146 milhões à vista. Mas o Flamengo também realizou contratações de peso na segunda janela de transferências, incluindo a maior compra da história.

O meia argentino Carlos Alcaraz foi contratado por 20 milhões de dólares (R$ 110 milhões) do Southampton, da Inglaterra. A negociação inclui cinco parcelas e pagamento final somente em 2026, uma a cada semestre, incluindo o do ato da compra.

Vale lembrar que o Flamengo fechou o primeiro semestre em déficit, pois contratou De La Cruz por R$ 77,7 milhões à vista.

Manter dinheiro em caixa sempre foi um objetivo da gestão Rodolfo Landim para ter segurança com despesas de até dois meses. Contudo, Rodrigo Mattos destaca que os gastos aceleraram em ano de eleição e o próximo presidente pode encontrar “com pouco ou nenhum dinheiro em caixa”, como publicou.

Flamengo pode vender jogadores no fim do ano para aumentar caixa

Uma solução para amenizar os problemas de caixa seriam as vendas de Wesley e Fabrício Bruno. O primeiro esteve perto da Atalanta em negócio que poderia chegar até 20 milhões de euros (R$ 123 milhões), mas o clube italiano desistiu. Enquanto o zagueiro recusou oferta de € 15 milhões (R$ 92 MI) de clube inglês e depois esteve na mira do Rennes, da França, também sem sucesso.

Ambos somados renderiam R$ 215 milhões ao Flamengo. Assim como as compras, essas transferências seriam certamente parceladas e o dinheiro entraria no caixa ao longo dos próximos anos, mas haveria uma entrada significativa já nesta temporada.

Dado o fracasso desses negócios e o cenário do caixa, o Flamengo pode acertar a venda de jogadores para o exterior no fim desta temporada para compensar.

Fonte: Mundo Rubronegro

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