O atacante Vinicius Júnior é o grande astro do esporte quando o assunto é combate ao racismo. A cria do Flamengo levantou, mais uma vez, a bandeira antirracista em uma entrevista a rede de TV CNN. Ele propôs que a Espanha, um dos locais onde os jogos da Copa do Mundo de 2030 vão acontecer, não receba o mundial caso não atue contra os racistas.
A Copa de 2030, que marca o centenário da competição, será disputada na Espanha, Portugal e Marrocos. Vini disse que se não houver evolução sobre a questão racial, o país deve deixar de ser sede do torneio.
“Espero que a Espanha possa evoluir e entender a gravidade que é insultar alguém por causa da cor da pele. Porque, se as coisas não evoluírem até 2030, acho que (a Copa do Mundo) terá que mudar de local, porque se os jogadores não se sentirem confortáveis e com confiança para jogar em um país onde podem sofrer racismo, é muito complicado”, afirmou o atacante do Real Madrid.
Na entrevista, o atacante brasileiro ponderou que não acredita que todos os espanhóis sejam racistas, mas disse que o combater o racismo é papel de toda sociedade.
“Acredito e quero fazer tudo para que as coisas possam mudar porque muitas pessoas na Espanha, a maioria, não são racistas, embora haja um pequeno grupo que acaba por afetar a imagem de um país onde as pessoas vivem muito bem”, concluiu o jogador.
Vini diz que Real Madrid pode deixar campo em casos de racismo
Desde 2018, quando chegou a Espanha para defender o Real Madrid, Vini Júnior já foi alvo de, pelo menos, vinte casos de insultos racistas. Até mesmo defendendo a Seleção Brasileira em amistoso contra Guiné, realizado em Barcelona, o ex-Flamengo foi insultado.
Diante disso, os atletas do Real Madrid podem deixar o campo em novos casos de racismo.
“No clube, falamos sobre isso com mais frequência. Não só eu, mas todos os jogadores disseram que se isso acontecer, na próxima vez todos terão que deixar o campo para que todas aquelas pessoas que nos insultaram tenham que pagar uma multa muito maior”, disse o camisa 7 do Brasil e do Real, em entrevista à CNN.
Fonte: Mundo Rubronegro