Vasco no Maracanã é ‘problema que Flamengo não tem como resolver’, admite Landim

O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, admitiu na noite desta segunda (5) em reunião do Conselho Deliberativo que aprovou a criação da Empresa Fla-Flu para assinar a concessão do Maracanã nos 20 anos, que não há o que fazer para impedir o Vasco de jogar no estádio durante a reforma de São Januário.

Segundo o MRN apurou, Landim disse aos conselheiros que a realização obrigatória de jogos do Vasco no Maracanã “é um problema que o Flamengo não tem como resolver”.

Vasco pagou aluguel recorde para ser humilhado pelo Flamengo no Maracanã

Landim afirmou que, a pedido do governador Cláudio Castro, Flamengo e Fluminense se reunirão com o Vasco para tentar definir um cronograma consensuado de jogos do clube de São Januário, no estádio. Entretanto, pelos termos do edital de concessão vencido pelo Flamengo, os concessionários têm que ceder o estádio a todos os clubes do Rio que quiserem jogar lá sempre que houver datas disponíveis.

“A concessionária (…) não poderá favorecer uma ou mais agremiações, clubes ou confederação esportiva por meio de oferta de utilização exclusiva do Complexo (…), assim como impor tratamento comercial injustificadamente distinto, discriminatório ou sem critérios técnicos que represente ônus excessivo e ou a prática de atos que resultem em vedação de acesso à utilização do Complexo”, diz o edital.

Reforma de São Januário vai acentuar problema

Ou seja, se o Vasco insistir em realizar tantos jogos quanto quiser no estádio, o Flamengo não tem como impedir, e Landim prevê que o clube sofrerá derrotas na Justiça, como já aconteceu em outras oportunidades.

O problema deve se intensificar a partir do ano que vem, quando deve começar a reforma de São Januário, que tem duração prevista de três anos. Jogar no Maracanã deixará de ser desejo esporádico do Vasco e passará a ser uma necessidade permanente. O presidente Pedrinho já admitiu que jogar no Maracanã será a primeira opção do Vasco.

“Em relação à obra de São Januário, vamos precisar no período da obra, que não sabemos se será de 2 e meio ou três anos, de um outro local para jogar. Obviamente, vamos tentar abrir negociações com o Maracanã e com outros locais para que o Vasco, nesse período, tenha outro lugar para jogar e que não interfira na questão de logística para os atletas, que é o mais importante”, afirmou ele em março.

Pelos termos do edital, para jogar no Maracanã, o Vasco tem apenas que pagar o aluguel estabelecido pela Empresa Fla-Flu, e é responsável apenas pelas despesas e receitas do jogo. Ou seja, o prejuízo que será causado ao gramado pelo excesso de jogos terá que ser resolvido exclusivamente por Flamengo e Fluminense, administradores do estádio.

Flamengo vai investir mais em gramado como paliativo

Landim disse que, como paliativo, o Flamengo pretende investir mais na manutenção e nas trocas de gramado. Em abril, o MRN revelou os planos oficiais do então ainda Consórcio Fla-Flu para lidar com o gramado, de acordo com a proposta técnica do edital.

Na proposta, Flamengo e Fluminense revelam não ter nenhum plano de colocar grama artificial ou mudar a empresa responsável pela manutenção do gramado no Maracanã, a Greenleaf. O planejamento para melhorar a qualidade do gramado inclui a manutenção de gramados “reserva” fora do estádio.

“Uma vez o Consórcio Fla-Flu sagrando-se vencedor da concessão, esse intensificará estudos para a troca total do gramado, no mínimo duas vezes ao ano ou sempre que se fizer necessário, operação a ser executada em curto tempo com a finalidade de manter a qualidade do gramado, em atendimento ao padrão estabelecido pela Fifa”, diz a proposta.

Para cumprir essas trocas, o texto afirma que “pretende-se cultivar área de grama equivalente a quatro campos gramados do Maracanã cultivados em área situada no raio máximo de 100 km do estádio”.

Entretanto, a solução final virá só com a inauguração do estádio próprio do Flamengo. Landim reiterou aos conselheiros que essa exigência do edital foi um dos fatores que convenceu o Flamengo da necessidade de manter os planos de construir sua casa apesar da concessão de 20 anos.

Fonte: Mundo Rubronegro

Artigo anteriorCebolinha e De La Cruz não treinam e presença para Palmeiras e Flamengo continua em dúvida
Próximo artigoEscalação do Flamengo: Com 9 mudanças, Tite define time na decisão contra o Palmeiras e Matheus Cunha é mantido