PAULO COSTA: Um dos meias mais habilidosos e talentosos de sua geração, Djalma Feitosa Dias, o Djalminha, foi revelado nas divisões de base do Flamengo e chegou a ganhar a Copa do Brasil de 1990 e o Brasileirão de 1992 ainda bastante jovem.
Você precisa saber
- Campeão Brasileiro pelo Flamengo revela mágoa com saída do clube
- Djalminha saiu em 1993 após discussão com Renato Gaúcho
- Jogador esteve no elenco campeão brasileiro de 1992 mas fez história por outros times
Porém, após um desentendimento dentro de campo com Renato Gaúcho, em 1993, o ex-jogador foi negociado com o Guarani e nunca mais retornou ao clube. No time paulista, Djalminha logo se tornou um dos principais meio-campistas do futebol brasileiro ao ganhar a Bola de Prata.
O Craque Veneno teve uma rápida passagem pelo Shimizu, do Japão, mas logo retornou ao Brasil para continuar encantando no Palmeiras. Em 1997, foi negociado com o Deportivo La Coruña e por lá se tornou um dos maiores jogadores da história do clube, que teve o seu auge na conquista do título espanhol da temporada 1999-00.
Ídolo de Ronaldinho Gaúcho e de tantos outros magos da bola, Djalminha tem como ponto de frustração na carreira não ter disputado uma Copa do Mundo e não ter conseguido fazer carreira no Flamengo.
Em entrevista ao Charla Podcast, nesta terça (23), Djalma revelou que, diferente dos tempos atuais, não tinha o sonho de fazer carreira na Europa, mas sim no Flamengo, seu time do coração.
Foto: Reprodução
Mágoa com a saída do Flamengo
“Eu saí muito magoado do Flamengo. Eu não queria (sair). Depois, eu vi que não foi o Flamengo, foram os dirigentes que estavam naquele momento. Eu com 22 anos, quando eu estava começando a jogar mais. Eram outros tempos, meu sonho não era Real Madrid, Barcelona, meu sonho era jogar uns oito anos no Flamengo e, depois, sim, podia ir embora. Mas fazer minha carreira ali, ganhar os títulos, minha geração via que era possível. Sou (Mengão), não tinha como sair feliz. Sair do Flamengo para ir pro Guarani, com todo respeito, dentro da carreira, eu começando, fica uma dúvida“, revelou Djalminha.
Djalminha com o pai, Djalma Dias – Foto: Reprodução
Saída do Flamengo foi um divisor de águas na carreira
“Uma discussão normal de jogo, eu perdi uma disputa de cabeça, o Renato (Gaúcho) reclamou, teve a briga, e a decisão da diretoria foi essa, pela minha saída. Eu fui emprestado, mas já fui querendo que meu passe fosse estipulado. Na verdade, foi o divisor de águas na minha carreira. Eu virei profissional ali. De repente, no Flamengo, eu não poderia ser o Djalminha que eu fui, aqui eu estava muito empolgado, novo, fazendo coisas que não condizem com vida de atleta. Esse baque me fez ser mais profissional“, contou.
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Base que podia ter rendido muitos frutos
Não só Djalminha, mas o Flamengo também aproveitou pouco diversos jogadores que foram campeões da Copinha em 1990, que acabaram sendo negociados e fizeram história por outros clubes: Junior Baiano (zagueiro titular da Seleção Brasileira na Copa de 1998), Marcelinho Carioca (um dos maiores ídolos da história do Corinthians) e Paulo Nunes (um dos maiores atacantes da história de Grêmio e Palmeiras).
Fonte: Fla Resenha
