Ex-vice presidente de finanças do Flamengo, Rodrigo Tostes explica saída do clube e relação com Landim

EMANUEL MARTINS: Ao final de 2024, o Flamengo terá eleições presidenciais, tendo em vista que o mandato do então presidente Rodolfo Landim, se encerra em dezembro deste ano. O mandatário Rubro-Negro, foi eleito no final de 2018 e cumpriu o seu primeiro mandato entre 2019 e 2021, e foi reeleito para seguir a frente do clube, entre 2022 e 2024.

Você precisa saber:

  • Ex-vice presidente de finanças do Flamengo, Rodrigo Tostes explica saída do clube e relação com Landim
  • Em entrevista ao jornalista Venê Casagrande, o ex-dirigente Rubro-Negro, também comentou sobre declarado ao Bap, nas eleições do clube
  • Rodrigo Tostes falou sobre a confiança no trabalho de Landim, para que não haja irresponsabilidade financeira, após sua saída

Ex-vice presidente de finanças do Flamengo, Rodrigo Tostes explica saída do clube e relação com Landim

Um dos dirigentes que ficou durante cinco anos, na gestão do presidente Rodolfo Landim, o ex-vice presidente de finanças do clube, Rodrigo Tostes, concedeu entrevista para o jornalista Venê Casagrande, na qual fala sobre sua relação com o mandatário Rubro-Negro, além de expor sua escolha para a presidência do Flamengo no final do ano, confira.

Saída do Flamengo meses antes do término da gestão de Rodolfo Landim

Meu alinhamento de visão e de trabalho com o Bap é muito grande. Como sempre, escolho o que acredito ser melhor para o Flamengo. Tomei a iniciativa de conversar com o Presidente Landim porque seria ruim para o clube apoiarmos candidatos diferentes. De comum acordo decidimos que era melhor eu sair.

Relação com o presidente do Flamengo

“Da minha parte não mudou nada. Somos amigos. Ele abriu mão de muita coisa na vida para ajudar o Flamengo. A cadeira de Presidente é um fardo grande. Construímos muitas coisas juntos, mas hoje temos visão diferente do que é melhor para o futuro do clube”.

Ex-vice presidente de finanças do Flamengo, Rodrigo Tostes explica saída do clube e relação com Landim

Rodolfo Landim, presidente do Flamengo – Foto: Reprodução/ Podcast Fala, João

Apoio ao BAP

A eleição desse ano é tão importante quanto a eleição de 2013. A complexidade do negócio futebol e o tamanho do Flamengo demanda experiência corporativa de altíssimo nível e uma grupo de apoio muito qualificado como tivemos em 2013. Os sócios precisam entender que o processo eleitoral deve ser encarado com um rigoroso processo seletivo para decidir o presidente do Flamengo baseada em competências e habilidades. Se meu pai, a quem amo de maneira incondicional e agradeço todos os dias por ser rubro-negro, fosse candidato contra o Bap eu votaria no Bap. Pela governança atual do clube, o Presidente quebra o clube em menos de três meses se não souber gerir. Além disso fazer o Flamengo evoluir é fundamental. O ‘negócio futebol’ mudou muito nos últimos anos e, caso nao façamos a profissionalização 100%, não vamos aproveitar as oportunidades desse novo mercado. O Bap e a pessoa certa para esse momento do clube e o time de apoio vai ser fundamental nesse processo de evolução.

BAP eleito e retorno de Rodrigo Tostes a vice-presidência de finanças

“Sou Flamengo e tenho uma honra enorme em ter feito parte do processo de transformação do Flamengo. Jamais discutiria cargo. Meu apoio está baseado no plano de governo que ele discutiu comigo e vai apresentar em breve”.

Irresponsabilidade financeira na reta final de mandato

“Infelizmente o estatuto é frágil e traz esse tipo de pergunta. Confio no Presidente Landim ou não teria ficado cinco anos na atual gestão”.

Mudança no estatuto

“Acho que essa é uma excelente pergunta. O Flamengo de hoje é diferente e é ótimo o sócio ter esta percepção. Antes o mercado de capitais obrigava o clube ter esta governança porque jamais alguém daria um grande volume de crédito ao clube. O Flamengo de hoje é diferente: tem balanço auditado por Big 4, cumpre seus compromissos e tem endividamento baixíssimo. Isso é bom, claro, mas é preciso tomar muito cuidado porque o Presidente pode assinar um contrato com o Cristiano Ronaldo, por exemplo, e não precisa explicar como vai pagar. O sócio deve se preocupar em criar uma governança que protegerá o clube dos seus administradores. O Bap está comprometido com este caminho e eu vou ajudá-lo a construir”.

Fonte: Fla Resenha

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