Gasômetro: Flamengo firma compromisso além do estádio

O estádio do Flamengo no terreno do Gasômetro vai ajudar na revitalização do Porto Maravilha não só pelo complexo rubro-negro de entretenimento que é previsto para a região. O Prefeito Eduardo Paes revelou, nesta terça-feira (2), que a diretoria se comprometeu em contribuir as reformulações no trânsito e melhorias do transporte público que serão necessárias.

Paes publicou artigo no ‘Jornal O Globo’ para rebater editorial do próprio jornal que criticou a construção de um estádio e chamou ajuda da prefeitura de “eleitoreira” em ano de eleição municipal. Mas o prefeito defende o estádio ao relembrar as melhorias na economia e para a revitalização da região do Porto, desejo antigo do Estado, além de anunciar a preocupação do clube com a mobilidade urbana.

“O Flamengo já se mostrou comprometido em colaborar com melhorias viárias, reformulação dos passeios públicos e do sistema de transporte. O acesso deve ser facilitado pelo bairro de São Cristóvão, sem comprometer a Avenida Francisco Bicalho. Também pretendemos expandir o VLT até as estações Leopoldina e São Cristóvão, facilitando a conexão com trem e metrô.”

O Terminal Gentileza é em frente ao terreno do Gasômetro e integra linhas de BRT, ônibus municipais e linhas do VLT. Local está próximo do transporte público e é visto como de fácil acesso de torcedores. A única preocupação, no entanto, seria movimentar 80 mil pessoas ao mesmo tempo em dias de jogos.

Isso porque ônibus, BRT e VLT não são transportes de massa, que se restringem aos trens e metrôs no Rio. A caminhada até as estações mais próximas é de 2,1 km, o que dá cerca de 30 minutos. No entanto, os planos de aumentar as linhas de ônibus e VLT e provavelmente adicionar rotas especiais para dias de jogos deve amenizar esse problema.

‘Experiência europeia’ no estádio do Flamengo deve amenizar problema de mobilidade urbana

A mobilidade urbana na região do Gasômetro foi um dos temas da entrevista do MRN com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio de Janeiro, Claudio Hermolin. Ele entende que o Flamengo tem a possibilidade de construir atrativos que diluam o número de pessoas que estarão se movimentando ao mesmo tempo.

Hoje, a maioria dos estádios brasileiro oferece basicamente o jogo ao torcedor. Não há ativações ou locais próximos onde o torcedor pode aproveitar antes e/ou depois dos jogos, algo que não deve ocorrer no novo estádio do Flamengo. Assim como acontece na Europa e nos Estados Unidos, ideia é ter restaurantes, lojas, shopping e locais onde o torcedor poderá aproveitar sozinho e em família em dias de jogos.

“Um complexo que te possibilita chegar mais cedo para fazer uma refeição ou ficar até mais tarde em um shopping, faz esse fluxo ser diluído em mais horas. O problema hoje é que nossos estádios servem exclusivamente para o jogo. Aí realmente é caótica a chegada e a saída. Mas imagina um lugar que você pode chegar várias horas antes para fazer um entretenimento, para família ter outras atividades, com certeza esse fluxo seria diluído. Como já acontece em outros lugares do mundo”, disse.

Fonte: Mundo Rubronegro

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