Paes cumpre promessa, desapropria terreno de estádio, mas faz exigência ao Flamengo

O prefeito do Eduardo Paes, vai cumprir a promessa feita em maio durante jantar com sócios do Flamengo, e vai publicar nesta segunda-feira (24) o decreto que desapropria o terreno onde o clube pretende construir seu estádio próprio.

A desapropriação foi o caminho encontrado por Paes e pelo Flamengo após a Caixa Econômica Federal, que administra o fundo proprietário do terreno, na região do Gasômetro, se recusar a vender o terreno para o Flamengo.

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Segundo o colunista do Globo, Lauro Jardim, a prefeitura pretende pagar entre R$ 146 milhões e R$ 176 milhões pelo terreno de 88,3 mil metros quadrados. Após a apropriação, o terreno irá a leilão com o valor da desapropriação como lance mínimo, sob a obrigatoriedade de implantação de equipamentos específicos.

Entre esses equipamentos específicos, além do estádio de 80 mil lugares, estará a instalação de um centro de convenções no estádio.

O decreto de desapropriação com mais detalhes será publicado no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro nesta segunda-feira.

A decisão de Paes deixa o Flamengo mais próximo da construção do seu estádio próprio do que nunca, já que o clube nunca chegou a ir até o fim nas diferentes negociações e prospecções para a aquisição de um terreno ao longo dos últimos anos.

Embora tenha ganhado a licitação para operar o Maracanã pelos próximos 20 anos, o Flamengo não desistiu do estádio próprio e pretende manter a concessão como uma espécie de senhorio do Fluminense – que é sócio minoritário da empresa que vai gerir o Maracanã quando a obra do seu estádio tiver construído.

Desapropriação deve dar gás à discussão sobre SAF no Flamengo

A desapropriação do terreno lança o Flamengo definitivamente no segundo capítulo, que é definir como vai bancar a obra. O presidente Rodolfo Landim diz que é contra o Flamengo se endividar ou reduzir sua capacidade de investimento no futebol por conta do estádio e defende a criação de uma SAF (Sociedade Anônima de Futebol) na qual um investidor compre uma parcela minoritária do futebol do Flamengo e o dinheiro da operação seja utilizado para construir o estádio.

A proposta encontra profunda resistência entre todas as correntes políticas do Flamengo. Sócios estão se mobilizando para apresentar nesta semana uma proposta de emenda ao estatuto que dificulte a criação da SAF, como detalharam os conselheiros Walter Monteiro e Carlos Ferrão em live nesta sexta (21) com o MRN.

Na live, Monteiro revelou que um dos candidatos a presidente do Flamengo, Mauricio Gomes de Mattos, já assinou a emenda, enquanto Rodrigo Dunshee de Abranches se recusou e Luiz Eduardo Baptista (o Bap) não respondeu – ambos se dizem contrários à SAF.

Fonte: Mundo Rubronegro

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