‘Chato demais’ e ‘sorte que não apitei jogo dele’, dispara ex-árbitro sobre Gabigol

Dono de uma personalidade forte e marcante, Gabriel Barbosa não passa despercebido dentro dos gramados, e é um dos jogadores do futebol brasileiro que compõe a lista de “marcados” pela arbitragem. O ex-juiz Índio, inclusive, falou sobre a postura de Gabigol nos jogos e o chamou de “chato demais”.

Em participação no programa Mundo GV, Luís Antônio Silva Santos, o Índio, foi questionado sobre a possibilidade de juízes terem implicância com determinados jogadores. A resposta, entretanto, é um pouco curiosa, visto que é contraditória.

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Ao mesmo tempo em que Índio fala que o “pré-julgamento” ao atleta não pode entrar em campo, ele argumenta que as pessoas “não tem que o tratar bem”, já que Gabigol não é legal com todo mundo. É como dizer, então, que a personalidade do atleta realmente influencia nas marcações do árbitro.

“Histórico do atleta. Claro que a gente não entra com isso na cabeça, porque você não deve pré-julgar, como na vida eu não devo pré-julgar você. Eu acho que ele (Gabigol) que provoca a implicância de todo mundo, porque ele briga com todo mundo. Ele brigou com o cara que foi lá fazer o exame. Isso é fato, não sou eu que estou dizendo. Vocês (a mídia) falam que ele não quis fazer o exame. Foi pra lá, foi para cá, não quis fazer seguindo o protocolo”, disse Índio, antes de prosseguir:

“Eu também acho que tem com ele (implicância) porque ele tem como todo mundo. Por quê as pessoas tem que o tratar bem? Para a sorte dele, não (eu nunca apitei jogo dele). Ele é muito chato, muito cricri, ele implica com todo mundo, reclama com todo mundo, briga com todo mundo”, disparou o ex-juiz sobre Gabigol.

Fato é que, apesar da personalidade – com a qual você pode não concordar -, há o famoso “dois pesos e duas medidas” em algumas decisões de arbitragem quando o assunto é Gabigol. Em lances questionáveis de cartões amarelos, por exemplo, muitas vezes a punição acontece apenas por “ser o Gabriel”, figura já “marcada” pela arbitragem. Com atletas que não tem “histórico”, muitas vezes, a mesma norma não é aplicada.

Ainda na tentativa de defender o fato de que Gabigol “causa” a implicância de árbitros com ele, Índio relembrou um lance do atacante do Flamengo em um jogo contra o Boavista, pelo Campeonato Carioca. O ex-juiz disse, ainda, que na ocasião o camisa 99 recebeu apenas cartão amarelo, mas se fosse em sua época de árbitro, iria “para o chuveiro” mais cedo.

“Isso (o fato de ser multicampeão) dá a ele o direito de, em Flamengo x Boavista, por causa de um lateral, sair da intermediária acintosamente, correr para cima do assistente, colocar o dedo, xingar e reclamar? Os caras vão lá, autoridades, para cumprir a regra, o regulamento, e ele não cumpre. Dá o direito a isso?”, questionou, antes de afirmar. “Tomou amarelo (na situação), mas se sou eu, vai embora, acabou o problema”.

Índio na arbitragem brasileira

Como Índio mesmo disse, ele não chegou a apitar jogos de Gabigol. Gabriel Barbosa chegou ao Flamengo em 2019, e Luís Antônio Silva Santos atuou como árbitro de futebol até o Campeonato Carioca de 2020, mas as partes não chegaram a participar do mesmo jogo.

Índio iniciou a carreira como árbitro da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) em 1995. Três anos depois, em 1998, virou juiz da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e foi aspirante ao quadro Fifa, entre os anos de 2004 e 2008.

Fonte: Mundo Rubronegro

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