Na última segunda-feira (17), o Atlético-MG perdeu para o Palmeiras por 4 a 0, em jogo válido pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. Um dos lances mais polêmicos da partida foi a expulsão de Hulk, e a situação tentou ser interligada ao Flamengo de forma grotesca.
Nesta terça-feira (18), através das redes sociais, o Atlético-MG compartilhou um vídeo do dublador Gustavo Machado dando voz à reclamação de Hulk no momento da expulsão. Na legenda do post, no entanto, o time mineiro se referiu ao árbitro como Sr. Rodrigo “Wright” Pereira de Lima, em alusão ao ex-juiz José Roberto Wrigh e uma situação envolvendo o Flamengo registrada há – PASMEM – 43 anos.
No post em questão, o Atlético-MG descreve a expulsão de Hulk da seguinte forma: “Com qual adjetivo podemos definir a arbitragem de ontem? A julgar pela dublagem, uma conclusão é certa: o Sr. Rodrigo “Wright” Pereira de Lima faltou com a verdade na súmula do jogo”, publicou o clube no X, antigo Twitter.
O tempo passa, mas o trauma com o Flamengo, aparentemente, nunca deixou os coração atleticanos em paz. Ao citar a situação em questão, o Atlético-MG “desacreditou” uma reclamação que poderia ser levada a sério, diminuiu a importância de se debater a arbitragem no Brasil, que é amplamente criticada, e de quebra, ainda conseguiu ser ironizado pelos torcedores do Rubro-Negro.
Os flamenguistas são conhecidos por não terem pena de “gastar a onda” do rival e, desta vez, não foi diferente. Os rubro-negros definiram a atitude do Atlético-MG como “recibaço” e ironizaram a comparação “sem pé nem cabeça” do time mineiro.
Veja a publicação do Atlético-MG e reações dos torcedores do Flamengo
“Vocês são minúsculos kkkkkkkkkkkkkkkkkk. Até hoje sangram, galinhas? Muito, MUITO pequenos! kkkkkkkk”, publicou o Amor da Nação. “Se for chorar, manda áudio”, brincou o Deadpool Bombado.
“Quem escolheu o Wright para apitar o jogo (de 1981)…foi a galinha pintadinha”, relembrou Recibo CRF. “Os caras têm pesadelo com o maligno, que isso. 43 anos já filho, supera”, comentou Rafael.
Cabe ressaltar que torcedores do Atlético-MG também não gostaram da comparação feita pelo perfil oficial do clube e criticaram a postura adotada nas redes sociais. “Só não precisava meter esse Wright aí. Até os flamenguistas estavam apoiando a gente. Wright já passou, não é coisa para perfil oficial citar, ainda mais num caso sério desses”, disse Calu.
Quem também ficou na bronca com a publicação foi Saldanha, torcedor do time mineiro, que disse: “Ao invés de ficar de ironia aqui no Twitter as ações poderiam ser mais contundentes por parte da diretoria Infelizmente o clube hoje tá sendo isso, a comunicação do clube tem mais peito que os dirigentes”.
A expulsão de Hulk
No jogo contra o Palmeiras, Hulk recebeu os dois cartões amarelos em sequência. O primeiro, por falta cometida em Zé Rafael, e o segundo, por reclamação. O atacante do Atlético-MG não concordou com a primeira punição e questionou o juiz Roberto Pereira de Lima de forma acintosa. O árbitro não gostou da postura do camisa 7, aplicou o segundo amarelo e expulsou o jogador de campo.
O jogo entre Flamengo e Atlético-MG e o caso envolvendo José Roberto Wright
Já o tema relacionado ao Flamengo tem – muito – mais tempo. O jogo é considerado um dos mais polêmicos da história do futebol brasileiro, e aconteceu em 1981. Na época, as equipes se enfrentaram em partida válida pela Copa Libertadores da América, em jogo apitado pelo juiz José Roberto Wright.
No duelo em questão, com 33 minutos de jogo, o Atlético já tinha quatro jogadores com cartões amarelos, e viram Reinaldo ser expulso após falta em Zico. Daí para frente, começou a confusão. Éder, do Atlético, tentou pegar a bola do árbitro, mas como já tinha amarelo, também foi expulso. Após a punição, se jogou ao chão com as mãos na cabeça.
Dirigentes do time mineiro invadiram o Serra Dourada e, junto do time, partiram para cima do árbitro. A polícia militar precisou intervir para garantir a segurança do juiz. Informações da época dão conta de que Chicão, do Atlético, teria mandado Wright “buscar o dinheiro do Flamengo”, e foi expulso. Além de Chicão, Reinaldo e Éder, a partida retornou, e o jogo continuou com 11 x7 (e todos os jogadores do banco de reservas do time mineiro expulsos).
Ainda durante a confusão, Palhinha, capitão do Atlético-MG, também recebeu cartão vermelho, e o time mineiro tinha quatro jogadores a menos. Mais uma expulsão encerraria a partida por W.O. Em jogo quente e cheio de polêmicas, Osmar Guarnelli também é mandado para o vestiário por José Roberto Wright, que encerrou a partida.
Fonte: Mundo Rubronegro