O Consórcio Maracanã Para Todos, formado por Vasco e W/Torre, usou os planos do Flamengo para construir um estádio próprio como argumento para pedir a revisão da nota técnica do Consórcio Fla-Flu na licitação do Maracanã. A tese consta da defesa protocolada pelo consórcio vascaíno contra o recurso da dupla Fla-Flu que pede a desclassificação do Vasco sob a alegação de que o clube não pode garantir o mínimo de jogos do Maracanã.
“Quem garante que o Clube de Regatas do Flamengo não irá construir um estádio para mandar seus jogos e receber eventos, em um prejuízo flagrante ao Maracanã? São cada vez mais frequentes as notícias de que, ao mesmo tempo que o Flamengo participa desta licitação do governo estadual para a concessão do Maracanã, a sua diretoria estaria buscando apoio da Caixa Econômica Federal e do Município do Rio de Janeiro para viabilizar um novo estádio no terreno do Gasômetro, a cerca de 3 quilômetros do Complexo Maracanã”, diz o texto da defesa do Vasco, protocolada na última terça-feira.
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A Comissão Especial de Licitação tem até quarta-feira para analisar os recursos e as defesas e manter ou alterar as notas técnicas dadas aos três consórcios que participam da licitação. No mesmo dia serão abertos os envelopes com as propostas financeiras e definido o vencedor da licitação.
Caso sejam mantidas as notas concedidas no mês passado, o Consórcio Fla-Flu, que teve 117 pontos, não tem como ser superado pelo Consórcio Maracanã Para Todos, que recebeu 81. Já o terceiro grupo na disputa, a RNGD Consultoria, que administra o Mané Garrincha, será desclassificada e sequer terá o envelope com a proposta financeira aberto.
O Consórcio Fla-Flu questionou a capacidade do Vasco realizar o mínimo de 25 jogos anuais no Maracanã alegando que o estatuto da Vasco SAF determina que o time deve mandar a maioria dos seus jogos em São Januário. A defesa do Consórcio Maracanã Para Todos diz que isso pode ser alterado no devido momento e que não pode ser considerado agora. Ou exige que o mesmo critério seja adotado para rever a nota do Consórcio Fla-Flu.
“Portanto, se a lógica do Consórcio Fla-Flu for seguida pela comissão, também a proposta do Consórcio Fla-Flu deveria ser reavaliada, pois um dos consorciados está, neste momento, ativamente procurando apoio do governo municipal e de empresa pública federal para construir um estádio que competiria com o Maracanã por shows, jogos e mais, ou seja, não só o Consórcio Fla-Flu pode não ter todos os jogos que apresenta como pode estar trabalhando para construir um equipamento concorrente direto ao Complexo Maracanã, o que com certeza abalaria muito a proposta apresentada pelo Consórcio Fla-Flu”, diz o texto.
O consórcio formado pelo Flamengo recebeu a nota máxima de 35 pontos no quesito ao garantir 70 jogos por ano no estádio, enquanto o Vasco obteve somente cinco pontos depois que a comissão desconsiderou a tentativa de incluir jogos do Santos e do Brusque no Maracanã como parte da garantia.
Fonte: Mundo Rubronegro
