O sorteio do grupo do Flamengo causou receio em diversos torcedores. Isso porque o clube caiu com Millonarios e Bolívar, duas equipes que jogam em alturas elevadas. Mas a altitude pode não ser mais um problema para o Mengão, que conta com o preparador físico Fábio Mahseredjian.

Nas redes sociais, o jornalista Eric Faria lembra que Fábio é especialista em preparar jogos com altitude elevada. O profissional trabalhou com Tite na Seleção Brasileira e no próprio Corinthians.

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“Um alento para os rubro-negros. O Fábio Mahseredjian, preparador físico que acompanha o Tite, é um especialista em jogos na altitude. Tem muito conhecimento na preparação para esses jogos. Basta ver o desempenho da Seleção nas Eliminatórias. O Fábio é um cracaço”, escreve.

Na campanha do título da Libertadores 2012, por exemplo, os paulistas jogaram três jogos com altitude. Os três deram empate, mas vale lembrar da característica do Corinthians daquela época e observar que a equipe levou apenas um gol em três jogos na altitude.

  • Cruz Azul 0x0 Corinthians (Cidade do México – 2200m)
  • Emelec 0x0 Corinthians (Guayaquil – 4000m)
  • San José 1×1 Corinthians (Oruro – 3737m)
  • Ao lado de Fábio, Tite já jogou em Bogotá contra o próprio Millionarios. Aconteceu em 2013 e a notícia é boa, já que a equipe venceu os colombianos por 1 a 0, ignorando os 2625m de altitude.

    Seleção Brasileira com Tite e Fábio Mahseredjian não perdeu na altitude

    O trabalho feito na Seleção Brasileira foi tão bom que teve apenas um empate, e o resto, foi só alegria para a Canarinho. Nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022 e a de 2018, os números de Tite e Fábio Mahseredjian são bons.

    Eliminatórias da Copa de 2022

  • Venezuela 1×3 Brasil – (Caracas – 1000m)
  • Bolívia 0x4 Brasil – (La Paz – 3640m)
  • Equador 1×1 Brasil (Quito – 2850m)
  • Eliminatórias da Copa de 2018

  • Equador 0x3 Brasil (Quito – 2850m)
  • Venezuela 0x2 Brasil (Mérida – 1630m)
  • Peru 0x2 Brasil (Lima – 1550m)
  • Bolívia 0x4 Brasil – (La Paz – 3640m)
  • Fábio Mahseredjian já explicou estratégias para driblar altitude

    Em 2016, antes de enfrentar o Equador na altitude, Fábio Mahseredjian explicou ao GE a estratégia de chegar dias antes da partida para se acostumar e não sentir mais a altitude.

    “Ganhamos principalmente no aspecto técnico, de treinar com uma velocidade da bola muito mais rápida do que ao nível do mar. Podemos perder no aspecto físico, mas pouco porque futebol não é um esporte contra o relógio. Não é uma prova de 10 mil metros ou uma maratona. O Tite diz que o futebol é essencialmente técnico, então por que não se adaptar às bolas paradas, às finalizações? A bola é muito importante”, disse à epoca, antes de complementar:

    “O atleta relata que a bola fica muito rápida para o passe, a finalização, o cabeceio. Repare que muitos times tomam gol de bola parada. Eu já vim para cá com quatro, cinco dias de antecedência. Já ganhamos, perdemos e empatamos. Não é isso que vai definir o resultado da partida, mas posso afirmar que estaremos muito mais bem adaptados à velocidade da bola”.

    Além disso, os cilindros de oxigênio também foram citados, mas Fábio garantiu que seria desnecessário e que estariam disponíveis apenas para o caso de uma emergência.

    “Se algum atleta tiver necessidade, teremos o cilindro em mão, mas, pela experiência que temos, quase ninguém vai pedir. A partir de seis a 12 horas na altitude, você não percebe, mas fica ofegante, começa a hiperventilar. Isso provoca uma série de ajustes respiratórios e cardiovasculares, principalmente numa altitude moderada como a daqui”, finaliza.

    Fábio também falou em 2017

    Em 2017, antes de jogo contra a Bolívia, em La Paz, Fábio também falou, mas no site da CBF.

    “Conhecer os atletas que já estiveram naquelas condições nos ajuda a prever quais poderão sentir mais os sintomas de quem atua no alto da montanha, que são dor de cabeça intensa, náusea, ânsia de vômito… Eu perguntei como eles se sentiram lá. Muitos disseram que não sentiram nada, mas relataram dificuldade para se adaptar à velocidade da bola. Pela minha experiência, essa adaptação é realmente muito difícil, mas nós vamos tentar diminuir o mais rápido possível no aquecimento pré-jogo”, declarou.

    Fonte: Mundo Rubronegro

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