O Nossos Dez serão eternamente lembrados, e a Netflix fez questão de garantir isso. A maior Tragédia da história do Flamengo, a do Ninho, deixou marcas em famílias e até em jogadores que desistiram do futebol e carregam traumas até hoje. ‘O Ninho – Futebol e Tragédia’ conta essas histórias e estreia nesta quinta-feira (14).

Saiba onde assistir ‘O Ninho – Futebol e Tragédia’

O documentário é uma produção da Netflix, e para assistir, é preciso ter uma assinatura na plataforma de streaming, que é uma das pioneiras no ramo. A série praticamente obrigatória para nós, flamenguistas, agora faz parte do catálogo do serviço que conta com três modalidades por assinatura.

Amigo de vítima da Tragédia do Ninho vai jogar contra Palmeiras; escola preserva memória

A mais barata custa R$ 18,90, e é a padrão, com anúncios: “A opção mais econômica para curtir a Netflix com alguns intervalos para anúncios”. Talvez seja a melhor opção para quem apenas quiser assistir ao documentário. Também há opções sem anúncios por R$ 39,90 e R$ 55,90, para clientes mais exigentes com a qualidade sonora e de imagem, ou mesmo quem optar por dividir a conta com amigos, liberando acesso a mais dispositivos ao mesmo tempo.

Para assinar, basta clicar aqui ou acessar: https://www.netflix.com/br/. No site, é possível recolher mais informações sobre a plataforma até a decisão final do consumidor.

Diretor conta importância de dar visibilidade ao caso

O projeto foi dirigido pelo diretor Pedro Asberg, que ressalta a importância de não deixar que as pessoas esqueçam o que aconteceu no Ninho do Urubu.

“Somos o país da impunidade. Portanto, queremos punições, mas também somos o país da anistia ampla, geral e irrestrita. Falamos: ‘Para que olhar para trás? Vamos passar uma borracha.’ Lidamos com esses dois sentimentos e, em geral, isso significa dar pouca visibilidade a tragédias como essa e como a tantas outras que, infelizmente, fazem parte da nossa história”, diz Pedro ao O Globo.

O diretor faz ainda uma crítica, alegando que os clubes não se importam com os jovens, mas apenas com o dinheiro que eles podem valer.

“O olhar para a divisão de base em quase todos, se não todos, os clubes do Brasil é de que esses meninos são mercadorias. Acho improvável que a gente veja uma situação tão absurda como a do Ninho, de colocar esses jovens num contêiner com grades nas janelas, mas sigo achando que os clubes até hoje não se importam em formar cidadãos, nem mesmo se importam com que eles joguem no time principal. Eles só têm a preocupação de: ‘O quanto os meninos vão render um dia?’”, diz, antes de finalizar:

“Mas os familiares dos dez (que morreram) não deixam de ser sobreviventes. Vão carregar uma dor eterna e lidar com traumas muito difíceis, assim como Benedito Ferreira, o segurança do clube que salvou a vida de três meninos. São todos sobreviventes, que vão levar para o resto da vida a dor de ter estado lá, cada um com suas sequelas”, termina. Veja o trailer da série de três episódios:

MRN esteve em mural de Arthur Vinícius, que aparece no documentário sobre a Tragédia do Ninho do Urubu

Em setembro de 2023, o MRN foi até Volta Redonda e colheu depoimentos de ex-professora e também da diretora da escola onde Arthur Vinícius, um dos Nossos Dez, estudou. A mãe do eterno craque, Marília Barros, aparece na série exatamente em frente ao local onde fica a homenagem, no muro de frente para a escola. Ao MRN, a professora Melina Portugal contou que o desenho simula como Arthur estaria hoje, já que a arte é constantemente atualizada, com um cavanhaque que Arthur ainda não tinha, por exemplo.

Além disso, Melina contou como recebeu a triste notícia.

“Estava de licença e entrei em choque em casa. No grupo de whatsapp da escola, nosso, dos professores, quando saiu a notícia, começou a pipocar que o Arthur também estava. Colocaram a foto no grupo para lembrar quem era. Eu fiquei em choque. Sentei e chorei. Tinha sido muito recente, terminou o 9° ano no final de 2018. Tinha pouco tempo que tinha deixado a escola. A imagem dele estava muito recente”, conta, antes de cobrar justiça.

“Acho que a gente nunca pode esquecer desses meninos. Acho que eles têm que estar na memória de todo torcedor. De todos do time, do clube. O clube tem que estar sempre enaltecendo essa memória. O cuidado com a memória deles têm que ser constante. É um processo doloroso da história do Flamengo, mas não podemos esquecer dele. A justiça tem que ser feita, não só na área financeira, mas na criminal também. Nunca podemos esquecer, para que nunca se repita”, opina.

Diretora diz que mãe de Arthur ainda vê homenagem a Arthur; Iago joga pelo melhor amigo

A diretora Cláudia Rodrigues também falou com o MRN e revelou que Marília, mãe de Arthur Vinícius, ainda passa pelo local e observa a homenagem.

“A gente ainda vê a mãe dele passando aqui. Ela olha aqui, para dentro da escola. A gente sempre cumprimenta. Uma força que eu não sei de onde vem. Arthur ainda vive dentro de nós. Uma pena”, diz.

Na época, o MRN também conversou com o zagueiro Iago, do Sub-20, que jogaria a final do Brasileiro da categoria contra o Palmeiras, no Raulino de Oliveira. Iago também é de Volta Redonda e segue vivendo o sonho pelo amigo até os dias de hoje, mas sempre vai carregar a responsabilidade de honrar a memória do eterno companheiro e Camisa 4.

“Arthur e eu éramos amigos. Senti e sinto a falta dele até hoje. Ali, como pouca gente sabe e o próprio Arthur já mandou em uma carta psicografada para a mãe dele, tinha que acontecer. Tudo que acontece nesta vida segue os caminhos de Deus”, diz Iago.

Relembre a reportagem do MRN em Volta Redonda:

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Fonte: Mundo Rubronegro

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