Como o MRN revelou nesta quarta-feira (13), o vice-presidente de Patrimônio do Flamengo, Arthur Rocha, está coletando assinaturas para apresentar ao Conselho Deliberativo uma emenda para regular o processo de transformação do clube em SAF. Embora seja primo de Rodolfo Landim, a participação de Rocha na política do Flamengo é bem anterior à chegada do atual presidente.

Rocha ficou marcado por, enquanto vice-presidente de Marcio Braga em 2004, ter passado por cima do Departamento de Futebol, então comandado por Junior, e bancado a contratação do atacante Dimba por valores muito altos para época, apesar de o Flamengo dever salários para o elenco. Contrariado, Junior acabou pedindo demissão.

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“Quando fui chamado, me foi colocado um projeto que vinha ao encontro de tudo que penso em termos de profissionalização. A gente vê que essas coisas vão ser difíceis de acontecer, porque o conservadorismo prevalece. Há pessoas que são eleitas e se acham donas do clube. Há pessoas que ficam tentando interferir, contratar jogadores,  tudo isso partindo, principalmente, do vice-presidente eleito (Arthur Rocha). Acho que não tem mais espaço hoje para os dirigentes que não estejam 24 horas no futebol”, afirmou Junior na época.

Internamente, ele é marcado por ter processado o Flamengo na Justiça- e ganhado – o direito de não pagar mensalidade após a reforma do estatuto acabar com a isenção para sócios proprietários. Com a ação de Rocha, o direito foi mantido para sócios que tinham adquirido os títulos antes da mudança do estatuto.

Na primeira gestão de Landim, Arthur Rocha foi vice de Planejamento. No segundo mandato, assumiu a cadeira de vice de Patrimônio.

Grande benemérito do clube, Arthur Rocha, juntamente com outro primo de Landim, Túlio Rodrigues, também protagonizou recentemente uma disputa com o ex-presidente Kleber Leite. Rocha e Rodrigues tentaram impugnar a concessão do título de grande benemérito a Leite, que recorreu na Justiça para evitar a cassação da homenagem.

Qual é o projeto de Arthur Rocha para a SAF

Por fazer parte da ala que defende a manutenção dos privilégios para os sócios proprietários do Flamengo desde sempre, não causa estranheza que, apesar de primo de Landim, Rocha esteja em campos diferentes na tentativa de transformar o clube em SAF.

A proposta que ele tenta encampar no Conselho Deliberativo exige o quórum qualificado de dois terços dos sócios do clube na Assembleia Geral para aprovar a possível mudança para SAF.

Entretanto, setores da oposição temem que, após passar pela Comissão de Estatuto, o projeto de Rocha seja alterado para uma versão que, em vez de dificultar a transformação do clube em SAF, facilite a mudança.

Fonte: Mundo Rubronegro

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