Um dos lances mais emblemáticos da carreira de Alexandre Pato foi o pênalti batido com cavadinha em cima de Dida, em um Grêmio x Corinthians, pelas quartas de final da Copa do Brasil de 2013. O atacante era dirigido por Tite no time paulista. Nessa semana, o jogador detonou o atual treinador do Flamengo, dizendo que o gaúcho não cumpriu a palavra.
— Eu admiro o Tite, é um baita treinador e ser humano. Depois ele errou sobre esse assunto. Lá na hora ele disse que tudo que ia ser falado, ficaria lá. Ele começou a me xingar, chamar de irresponsável, e ele é o treinador, baixei a cabeça — disse Alexandre Pato, em entrevista ao ‘Flow Podcast’, na quinta-feira (29).
— Ele tem razão. Errei, fiz, pode falar. Mas passaram anos e ele escreveu no livro dele uma coisa que ele falou que não ia falar. Se ele fala que não falaria, por que escreveu no livro? É justo uma cobrança, criou um clima no Corinthians, um mal-estar no grupo — acrescentou Alexandre Pato.
Grêmio e Corinthians, de Tite e Pato, disputavam uma vaga nas semifinais da Copa do Brasil 2013. O duelo foi decidido nos pênaltis e, na cobrança do atacante, Dida defendeu. Porém, a forma da batida do jogador revoltou o atual treinador do Flamengo, companheiros e a torcida, já que a cobrança foi efetuada com uma fraca cavadinha, que o goleiro pegou com facilidade.
Com o Corinthians eliminado, Tite chegou revoltado ao vestiário e cobrou Alexandre Pato. Porém, pouco depois, já mais calmo, o treinador prometeu que o teor da cobrança nunca sairia dos vestiários da Arena do Grêmio. Mas a biografia autorizada do comandante deu detalhes do entrevero, fato que incomodou o atleta de 34 anos, que hoje está sem clube.
Em menores proporções, Tite também fez uma cobrança por causa de pênalti no Flamengo, no jogo com o Boavista, no dia 20 de fevereiro. Preste a entrar em campo, Gabigol ‘se desesperou’ para efetuar a cobrança de penalidade, enquanto Pedro se preparava para bater. O camisa 9 chutou, mas o goleiro do time de Saquarema fez a defesa.
Após o embate, nos vestiários, Tite cobrou Gabigol em frente aos companheiros, recriminando a postura do atacante e pedindo mais companheirismo do camisa 10. Apesar de o treinador ter subido o tom, o diálogo não rendeu crise entre as partes, já que o atacante aceitou a bronca calado.
Fonte: Coluna do Fla