Há 25 anos, Romário protagonizava um dos lances mais marcantes em sua passagem pelo Mais Querido. Durante Flamengo x Corinthians, no Torneio Rio-São Paulo de 1999, Romário recebeu belo lançamento e ficou de frente com Amaral no 1 contra 1. O volante até tentou segurar, mas o Baixinho deu elástico estonteante, deixou o jogador na saudade e marcou um golaço, o segundo do Mengão naquele dia.
O Flamengo venceu o Corinthians por 3 a 0 no Pacaembu. Beto abriu o placar aos 4 minutos de jogo. Além do lance do elástico de Romário em Amaral, aos 6, o Baixinho ainda marcou outro aos 11 da segunda etapa. O Fla chegava na última rodada do Torneio Rio-São Paulo precisando de uma vitória para se classificar e enfrentaria o Botafogo no jogo seguinte. No primeiro turno, empate histórico por 4 a 4.
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O Mengão não se classificou. O Flamengo empatou com o Botafogo e, mesmo com a vitória do Corinthians sobre o Rival em jogo atrasado, o time de General Severiano avançou para as semifinais junto ao São Paulo, no Grupo B. Ainda que o Fla não tivesse avançado, o elástico de Romário em Amaral renderia histórias para rubro-negros, fãs e, claro, para os personagens.
O que Romário e Amaral dizem sobre o elástico
O elástico de Romário e Amaral foi mais lembrado que o placar do jogo em si. Aliás, em matéria para a Rede Globo, o próprio baixinho falou que não se lembrava do resultado da partida, muito favorável ao Mengão. O volante corintiano deu sua versão sobre a jogada:
“Quem tava lá era eu. Virei história, ninguém esquece aquela obra de arte do Romário (risos). Era pro Rincón fazer a cobertura né? Eu olhei pra ele e falei ‘Deixa que eu vou!’. Eu vi que era o Romário e fiquei só cercando e olhando para a bola. Só que a bola parecia um foguete. A bola foi pra lá e voltou, e eu fui atrás dela. Na hora que eu voltei, ele já tinha passado. Só consegui pensar ‘Não faz o gol. Não faz o gol. Não faz o gol’”, disse Amaral.
Já Romário, esbanjou sua personalidade eu falar do elástico em Amaral, comentou sobre o drible e destacou também o gol:
“Elástico muitos dão, mas com aquela precisão e seguido pelo gol, não vejo muitos. Quando o goleiro saiu, toquei a bola por cima e acabou entrando e esse lance foi um dos gols, com certeza, mais bonitos que eu fiz na minha carreira, principalmente com a camisa do Flamengo. As pessoas falam muito do Amaral. Realmente, ele foi o primeiro. Mas revendo o lance tranquilo, o Gamarra também escorrega, cai no drible. Nunca fiquei treinando elástico. Eu só dava. Os que entravam, entravam”, explicou Romário.
Fonte: Mundo Rubronegro