A realização dos estaduais segue sendo alvo de debates no futebol brasileiro. Dessa vez, César Sampaio, integrante da comissão técnica de Tite no Flamengo, deu sua opinião sobre o tema. O auxiliar opinou sobre o que fazer com as competições, desvalorizadas nas últimas décadas.
O estadual passou a ser um problema no calendário brasileiro. No caso do Carioca, por exemplo, o torneio chega a quatro meses de duração, entre janeiro e abril. Assim, a competição aperta ainda mais a agenda de clubes com outros compromissos mais importantes.
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Para César Sampaio, porém, acabar com os estaduais não é a melhor opção. O auxiliar sugeriu que as federações diminuam a quantidade de jogos para equipes que competem outros campeonatos. Sampaio ainda citou a importância dos torneios regionais para times de menor expressão.
“Apareci em um campeonato estadual e a grande maioria dos atletas tem essa oportunidade. Entendo que é mais a gestão de jogos. A gente poderia fracionar um pouco mais para que equipes das séries A e B, que estão na Copa do Brasil, que têm mais competições, pudessem ter um intervalo maior. Perde todo mundo… Às vezes perdemos atletas por lesões”, disse, e depois completou:
“Complexo te responder, mas é diminuir o número de jogos de equipes que têm várias competições durante o ano poderia amenizar isso. Mas o brilho do estadual é algo que temos que preservar. A oportunidade de jogadores intermediários aparecerem para o Brasil e mundo… É o charme dos estaduais e temos que preservar”.
CBF já planeja redução nos estaduais
A sugestão de César Sampaio já foi ouvida pela Confederação Brasileira de Futebol. A CBF estuda reduzir os campeonatos estaduais a partir de 2026, diante da dificuldade em ajustar o calendário nacional no ano passado. A ideia seria de diminuir o número de datas de 16 para 12. O Flamengo, assim, teria menos jogos na temporada.
Essa mudança só aconteceria em 2026 por conta dos contatos de transmissões dos estaduais na TV. O Carioca, por exemplo, tem um longo acordo com a Band, previsto até 2025. Atualmente, a disputa no Rio de Janeiro é realizada em 15 datas, sendo elas divididas em: 11 jogos na primeira fase; 2 nas semis e 2 nas finais.
Contudo, a FERJ se posicionou contra a redução proposta pela CBF. O presidente Rubens Lopes diz que essa mudança seria um “verdadeiro genocídio ao futebol”. A FPF, federação de São Paulo, também repudiou essa ideia.
Fonte: Mundo Rubronegro