Landim projeta custo de estádio e diz que obras podem impactar em contratação de jogadores no Flamengo

A construção do estádio pode gerar impactos nos bastidores do Flamengo. Na visão do presidente Rodolfo Landim, alguns formatos de negócios para a criação da ‘casa própria’ podem impactar diretamente em contratação de jogadores. Isso porque, a arena tende a custar R$ 2 bilhões, e um possível endividamento financeiro arranharia a credibilidade do clube no mercado.

Em reunião com o grupo ‘União Rubro-Negra’, na última segunda-feira (04), Landim revelou que o estádio próprio, entre terreno e construção, por exemplo, deve custar cerca de R$ 2 bilhões ao Flamengo. Sendo assim, a saída mais viável seria criar SAF e vender parte dela, já que teme endividar o clube associando-se a sócio-investidores.

— Aí as pessoas perguntam: “Por que você não busca um sócio para ser sócio do estádio? Deixa o Flamengo quieto e busca alguém para ser sócio, monta uma empresa embaixo e vai ser sócio do estádio”. O que aprendi na minha vida corporativa é que a pior coisa que existe é o desalinhamento entre sócios — disse Landim.

Se eu tiver um sócio no estádio, a tendência desse sócio, investidor imobiliário, o que ele vai querer? Ele vai querer maximizar a receita do investimento que ele fez. Resumindo: ele vai querer tomar o máximo de dinheiro possível da receita que o Flamengo tem de bilheteria na divisão com ele, que isso vai ser o mínimo de dinheiro possível. Isso vai reduzir a capacidade de investimento do Flamengo para aquilo que eu acho que é o principal para o Flamengo: investir em jogadores para poder continuar ganhando a p**** toda. É o que acho que o Flamengo precisa ter — contou o presidente.

Um dos temores de Landim é o Flamengo perder a credibilidade nas contratações. Isso porque, o presidente entende que um possível endividamento com um sócio exclusivo do estádio possa arranhar a imagem rubro-negra no mercado de transferências.

Hoje, não existe nenhum jogador que o Flamengo tenha comprado até agora sem ser em suaves prestações, igual ‘Casas Bahia’ (risos). Por que? O cara olha para o nosso balanço e fala: “Pelo amor de Deus, o Flamengo vai pagar”. Mas se você endivida o clube para fazer estádio, aí não — completou Landim.

Ainda no trecho em que explicava a dinâmica do estádio próprio, Landim exaltou o trabalho da própria gestão sobre as dívidas. O mandatário acredita que o ‘não-endividamento’ é fundamental para que os clubes que negociam com o Flamengo acreditem na credibilidade da instituição.

— Flamengo é um clube com uma dívida muito pequena. A gente pegou o Flamengo com dívida perto de R$ 500 milhões e a dívida esse ano deve estar fechando perto de R$ 200 milhões. Pegamos o clube com uma receita de R$ 400 e poucos milhões e nesse ano vai ter uma receita perto de R$ 1,3 bilhão. O lucro operacional, que a gente chama de EBITDA, antes de depreciação e de pagamento de impostos, o Flamengo vai ter um lucro operacional de R$ 375 milhões esse ano. Flamengo, hoje, é de outro patamar. O Flamengo consegue dinheiro — completou Landim.

O último ano da gestão Landim é 2024. Desse modo, após um 2023 sem nenhum título nas sete competições disputadas, a atual diretoria promete abrir os cofres para reforçar o elenco na próxima temporada. Desse modo, o objetivo é melhorar o desempenho nas quatro competições que vai disputar: Cariocão, Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores. Isso, antes das eleições presidenciais no clube, marcadas para o fim da temporada.

Fonte: Coluna do Fla

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