30 dias para Paris: projeção de medalhas para atletas do Flamengo

Faltam exatos 30 dias para o início dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, e atletas do Flamengo são algumas das principais esperanças de medalha para o Brasil. São 10 rubro-negros garantidos até o momento, incluindo campeões olímpicos e promessas do esporte. Assim, o MRN apresenta projeção das chances de pódio dos classificados neste momento.

A abertura dos Jogos será  no dia 26 de julho, o rio Sena, na primeira vez em uma cerimonia a céu aberto. Veja abaixo a situação dos atletas do Flamengo restando um mês para o começo oficial das Olimpíadas, separados por chance de medalha.

Mesmo com maiô do clube, Globo ignora que Rebeca Andrade é do Flamengo

Favoritos a medalha

A maior ginasta brasileira da história obviamente é uma das principais candidatas a medalhas para o Brasil. Atleta do Flamengo desde os 12 anos, a atual campeã olímpica no salto, prata no individual geral e nove vezes medalhista mundial chegará a Paris como favorita a subir no pódio ao menos quatro vezes.

A disputa com a americana Simone Biles impede cravar Rebeca Andrade como favorita ao ouro, mas ela é favorita a pódio no salto, solo, individual geral e na disputa por equipes. Resultados que, se confirmados, farão ela ultrapassar Robert Scheidt e Torben Grael como atletas com mais medalhas pelo Brasil (5).

Os resultados recentes da ginasta mostram que, além dos aparelhos citados, ela pode brigar também nas barras assimétricas e na trave. Em 2024, ela foi ouro nas barras e prata na trave no tradicional torneio de Jesolo e ganhou prata nas barras em etapa de Copa do Mundo. Além disso, representando o Fla no Troféu Brasil, neste domingo (23), foi ouro nas duas provas.

Outro atleta do Flamengo que foi campeão olímpico em Tóquio e promete ganhar nova medalha em Paris é Isaquias Queiroz. Após ano de 2023 que optou por ficar mais próximo da família e diminuiu volume de treinos e competições, o canoísta abriu 2024 com medalha de ouro na C1 1000m etapa da Hungria da Copa do Mundo de canoagem.

O ritmo do rubro-negro no torneio foi um recado claro que ele chega bem preparado para a disputa dos Jogos. Afinal, venceu alguns nomes que estarão competindo nas Olimpíadas com boa vantagem. Além disso, ainda que sem dupla definida, o atleta vai competir e deve brigar por medalha também na C2 500m.

O pódio na C1 100m colocará o atleta ao lado dos recordistas brasileiros de medalhas. Isso porque, além do ouro em Tóquio, ele ganhou a prata na categoria e na C2 1000m, e bronze na C1 200 na Rio 2016. Ou seja, a disputa de duas duas medalhas dá a oportunidade dele também ser o novo recordista.

Para fechar a trinca dos rubro-negros “dourados” que estarão em Paris está Rafaela Silva. A judoca ouro na Rio 2016 na categoria até 57 kg superou suspensão por doping que a tirou de Tóquio e chegará aos Jogos Olímpicos para recuperar lugar no pódio. E seu momento nos tatames indica que é justamente o que deve acontecer.

Rafaela foi ouro no Pan-Americano Americano e da Oceania, na Arena Carioca 1, em abril. Ela derrotou a canadense Christa Deguchi na final, apontada como concorrente por medalha. Em seguida, bronze no Grand Slam de Tbilisi e prata no Grand Slam do Cazaquistão.

Agora, sem esquecer o apoio dos rubro-negros, afirma que seu foco está em nova medalha olímpica: “É uma emoção sem tamanho. Vou para minha terceira Olimpíada. Estou muito feliz com essa notícia. Vou treinar muito mais do que eu já vinha treinando, porque eu quero voltar com essa medalha para a nação (do Flamengo) e para a seleção brasileira de judô”.

Além de Rebeca, a equipe brasileira de ginástica artística é formada por mais três atletas do Flamengo. As medalhistas olímpicas Jade Barbosa e Flávia Saraiva vão para terceira Olímpiada como rubro-negras, enquanto Lorrane Oliveira se classificou pela primeira vez desde que chegou ao Fla.

As ginastas do Flamengo, junto de Julia Soares, conquistaram prata inédita no Mundial de Ginástica de 2023 e são favoritas para vencer a primeira medalha por equipes do Brasil na ginástica.

Brigam por pódio

Duas vezes finalista olímpica na trave, Flávia Saraiva foi impedida de desempenhar seu máximo no torneio por lesões e terá uma nova oportunidade de ganhar medalha individual. Bem fisicamente, ela empilhou medalhas internacionais nas últimas competições e faz certamente o seu melhor ciclo olímpico.

Ela conquistou cinco medalhas no Pan-Americano de 2023 (melhor do Brasil) e foi bronze solo no Mundial de 2023, seu primeiro pódio individual em mundiais. Em 2024, foi campeã na trave em Jesolo e dividiu ouro com Julia Soares no solo.

Sendo assim, além das equipes, é provável que brigue por medalha na trave e possivelmente no solo. E não é possível descartar a disputa do individual geral para uma atleta que pode ter pódio em duas provas, mas ela corre por fora no quesito.

Podem surpreender

Guilherme Caribé é considerado o futuro da natação do Flamengo, brasileira e disputará sua primeira Olimpíada aos 21 anos, mas será um erro dos adversários subestimá-lo. O atleta rubro-negro nadou abaixo do índice e se classificou nos 50m livre e 100m livre e, ainda que não seja um dos principais candidatos a pódio, expectativa é que conquiste vaga na final dos 100m e pode estar também na outra categoria.

No último torneio antes de Paris, Caribé foi bronze nas duas provas no Troféu Sette Colli em Roma, na Itália. O tempo de  21.97 foi o responsável pelo terceiro lugar nos 50m, enquanto fez 48.80 pelo bronze nos 100m.

Os índices ainda estão distantes da briga por medalha, mas ainda restam dias de preparação e é impossível descartar o nadador do Flamengo do posto de quem pode pelo menos surpreender.

Ginasta do Flamengo, Diogo Soares disputará sua segunda edição de Olimpíada, e os resultados recentes fazem que ele chegue ao jogos disputando uma boa colocação. A briga pelo pódio no individual geral ainda demanda melhora em algumas apresentações, que ele inclusive vem melhorando, como o cavalo com alças ouro no Troféu Brasil.

Ainda assim, 10º colocado no Mundial de 2023, o atleta está com séries cada vez mais sólidas e parece crescer com a evolução física natural. Aos 22 anos, ele afirmou em entrevista recente que seu grande objetivo é estar entre os cinco melhores em Paris.

O também nadador do Flamengo Murilo Sartori foi convocado para a disputa do revezamento 4x200m livre masculino e corre por fora na equipe brasileira nas Olimpíadas. A equipe brasileira precisa melhorar em cerca de cinco segundos o seu melhor tempo 7min06s43 para brigar por medalha.

Ele compete ao lado de Fernando Scheffer, Eduardo Moraes e Guilherme Costa.

Por fim, a paraguaia Alejandro Alonso representará o remo do Flamengo nas Olimpíadas e já é um dos principais nomes do esporte em seu país. Mas é improvável que a atleta rubro-negra dispute medalha na categoria Single Skiff feminino. Ela já detém melhor resultado do país na modalidade, 21º lugar em Tóquio, e pode melhorar marca.

Fonte: Mundo Rubronegro

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