Em quase 130 anos de existência, inúmeras mulheres marcaram e foram importantes para a história do Flamengo. Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o MRN relembra e homenageia 12 desses nomes que simbolizam o poder feminino rubro-negro.

Érica Lopes da Silva (Gazela Negra)

Um dos maiores nomes do atletismo, Érica Lopes tem seu nome estampado na Calçada da Fama do Flamengo e eternizado no samba da Estácio de Sá de 1995.

Érica, chamada também de “Gazela Negra” por conta da sua habilidade, venceu tudo nas provas de 100 e 200 metros rasos na década de 60. Em 2013, a multicampeã emocionou ao declarar sua paixão pelo Mais Querido.

“Comecei a tomar aquele amor, aquela paixão (pelo Flamengo), ao ponto de morrer a minha irmã, eu tinha que ir para Porto Alegre para o enterro. Mas no dia seguinte tinha um campeonato que Flamengo sonhava em ganhar, o Troféu Brasil. Deixei de ir ao enterro, estava triste, chorando e venci todas as provas, e o Flamengo foi campeão”, disse em entrevista.

Rebeca Andrade

Com apenas 24 anos, Rebeca Andrade já carrega o título de maior ginasta da atualidade, ao lado de Simone Biles. A atleta chegou ao Flamengo com apenas 11 anos e foi lapidada pelo maior clube do Brasil.

A galeria de medalhas de Rebeca já conta com ouro e prata olímpico (Tóquio 2020), além de dois ouros e duas pratas em Pan-Americano (Santiago 2023). A ginasta é uma das favoritas para ganhar mais medalhas nas Olimpíadas de Paris, que serão disputadas no meio deste ano. Fora do tatame, Rebeca Andrade também é engajada com programas de valorização a mulher no esporte.

Fabi

Uma das maiores jogadoras de vôlei da história, Fabiana Alvim, a Fabi, também deixou sua marca no Flamengo. A líbero deu seus primeiros passos no esporte na Gávea, ainda na década de 90.

Depois de passar pelo Macaé, em 98, Fabi voltou ao Flamengo para ganhar títulos com o Manto Sagrado, incluindo Campeonato Brasileiro de Voleibol Feminino, Copa do Brasil e Torneio Internacional. Pela Seleção, não foi diferente: a cria da Gávea foi bicampeã olímpica em 2008 e 2012.

Rafaela Silva

Na luta, o maior nome do Flamengo na atualidade é de uma mulher. Rafaela Silva é o grande potencial no Judô, outra atleta que também já faturou ouro olímpico (Rio 2016). A judoca está na Gávea desde 2021.

Rafaela mostrou que nem as consequências pesadas do antidoping e os dois anos afastadas do esporte foram capazes de pará-la. Em 2022, a judoca pode voltar aos tatames e logo de cara se consagrou campeã mundial do peso leve. No ano passado, mais uma demonstração de força e determinação: faturou também o ouro no Pan de Santiago. Rafa é outra promessa de título para o Brasil em Paris.

Patrícia Amorim

Patrícia iniciou sua carreira no Flamengo ainda jovem, pela natação. Depois da aposentadoria, a ex-atleta retornou ao clube para ocupar o posto de presidente, entre 2010 e 2012. Patrícia Amorim foi a primeira presidente mulher do Flamengo.

Apesar das problemáticas na gestão da presidente, ela também conseguiu feitos importantes que marcaram a história do Flamengo. Uma delas foi a contratação de Ronaldinho Gaúcho, um dos melhores jogadores do mundo na época, com direito a chapéu histórico no Grêmio. Os esportes olímpicos foram destaque com Patrícia na presidência, com o Flamengo vencendo 33 medalhas nos jogos Pan-Americanos de 2011.

Daniele Hipólito

Antes de se consagrar no esporte, Daniele Hypólito recebeu as primeiras oportunidades na Gávea, em 1995. A ginasta artística recebeu moradia, escola e salário no Flamengo, algo inédito e até inimaginável na época.

Depois de 95, Daniele Hypólito treinou nas instalações rubro-negras em mais uma ocasião, ainda no começo dos anos 2000. Em 2020, a ginasta voltou para o Flamengo para seu gran finale. Foram sete ouros na carreira, até se aposentar em 2021.

Isabel Salgado

Referência no voleibol feminino, Isabel Salgado atuou como jogadora e treinadora do Flamengo. Seus primeiros passos no esporte foi com o Manto Sagrado, nos anos 70. Três títulos simbolizam a grandiosidade de Isabel no clube: foi bicampeã brasileira (1978 e 1980) e campeã sul-americana (1981). O desempenho no Flamengo permitiu a jogadora também brilhar pela Seleção.

Em novembro de 2022, aos 62 anos, Isabel Salgado nos deixou após uma parada cardíaca.

Berta Duarte

Apesar de aparecer pouco no imaginário do torcedor rubro-negro, Berta Duarte teve um papel importantíssimo no Flamengo. Entre as décadas de 50 e 60, época em que era impossível imaginar uma mulher envolvida nos esportes, Berta atuava organizando e dirigindo as modalidades do clube.

Ela, inclusive, foi madrinha do time tricampeão carioca em 1953, 1954 e 1955. Nos esportes olímpicos, Berta Duarte esteve na linha de frente do Vôlei e Basquete Feminino.

Virna Dias

Assim como Fabi e Isabel, Virna Dias está na prateleira das maiores jogadoras de vôlei da história do Brasil. Ela surgiu pelo Bradesco/Atlântica, fez seus primeiros jogos pela Seleção em 1988 e chegou ao Flamengo em 1999, ficando até 2001.

Na Gávea, Virna levantou o título mais importante da carreira: a Superliga Feminina de Vôlei, em 2000/2001. A final foi decidida em clássico entre Flamengo e Vasco, com o Mengão ganhando no tie-break. Virna também levou para casa o prêmio de melhor jogadora da final.

Rosicleia Campos

Rosicleia tem uma vida intensa de trabalhos dedicados ao Flamengo. Como atleta, a judoca defendeu o Flamengo por 15 anos, participando das Olimpíadas de 1992 e 1996. Após se aposentar do tatame, Rosicleia Campos decidiu iniciar a carreira de treinadora.

Foram mais de 20 anos também como técnica da Seleção, de 2005 até 2021. Nesse período, a ex-lutadora venceu o importante Prêmio Brasil Olímpico, que a escolheu como melhor técnica do Brasil entre todas as modalidades olímpicas. Hoje em dia, Rosicleia continua a frente do Judô Feminino rubro-negro.

Maria Lenk

A histórica nadadora Maria Lenk é o maior nome da Natação feminina do Brasil. Seus feitos a colocaram no Hall da Fama dos Esportes Aquáticos, sendo a única mulher brasileira a conseguir essa conquista.

Vestindo o traje do Flamengo, Maria Lenk foi pioneira em diversos momentos. Entre 1932 e 1935, venceu seus primeiros títulos: o tetracampeonato da Travessia de São Paulo a Nado. Lenk se tornou a primeira mulher sul-americana a competir em Olimpíadas, quando participou dos Jogos de Los Angeles, em 1932. Ela também foi a pioneira na introdução do nado borboleta, que atualmente é uma das provas da Natação nas Olimpíadas. O ícone do esporte morreu aos 92 anos, em 2007, após nadar na piscina do seu clube do coração.

Georgette Vidor

Georgette é coordenadora de ginástica artística do Flamengo. Ela é a responsável por preparar as mulheres de uma das modalidades mais vencedoras do clube nos últimos anos. E sua história na Gávea começou há muito tempo, em 1980.

O Flamengo contratou Georgette Vidor quando ela tinha apenas 22 anos, mas já contava com uma experiência e estudo aguçado para a função de treinadora. Ela se afastou do clube em 2004 e retornou em um cargo superior há quatro anos. Além do trabalho notável na Ginástica, Georgette também é voz importante na luta PcD (Pessoa com Deficiência). A treinadora sobreviveu a um grave acidente de ônibus em 97 e ficou paraplégica.

Fonte: Mundo Rubronegro

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